04/11/2010 - 10h42

Presidente do PSB cogita retorno da CPMF

Maurício Savarese
Do UOL Eleições
Enviado à Brasília

O governador reeleito de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, afirmou nesta quinta-feira (04) que a saúde precisa de R$ 51 bilhões, o que poderia levar a volta da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).

Na quarta-feira, em sua primeira entrevista coletiva como presidente eleita, Dilma Rousseff disse ter percebido uma movimentação dos governadores em torno desse assunto e indicou que qualquer decisão será tomada com a ajuda dos Estados. “Se precisar restaurar em parte ou totalmente a CPMF, vamos fazer isso”, disse Campos, um dos aliados mais próximos de Dilma e do presidente Luis Inácio Lula da Silva, durante uma reunião com líderes do PSB.

Para o governador, a derrubada da CPMF, uma das principais bandeiras da oposição no governo Lula, não se refletiu em queda de preços e ainda atrapalhou a administração pública. “Tem município fechando serviços públicos porque não pode pagar”, disse.

Campos é o principal líder de um partido que elegeu 6 governadores em 2010 —ele próprio, Camilo Capiberipe (AP), Wilson Mendes (PI), Cid Gomes (CE), Ricardo Coutinho (PB) e Renato Casagrande (ES).

Ministério

O presidente do PSB evitou cobrar maior participação do partido no governo Dilma. Disse, no entanto, que a legenda conta com técnicos com o perfil exigido pela petista. “Vamos ajudar a fazer uma boa equipe. Ela sabe da qualidade do PSB e que não vamos criar problema”.

No governo Lula, o PSB ocupou os ministérios da Integração Nacional e, mais tarde, ficou com o de Ciência e Tecnologia, além da Secretaria dos Portos.

Nos bastidores, o PSB trava disputa com o PMDB, do vice-presidente eleito Michel Temer, por mais espaço no governo de Dilma. No domingo, após a vitória da petista, Campos declarou que a legenda tinha atingido “um novo patamar”.

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