Em Minas, Dilma rebate críticas de Serra ao Enem

A presidenciável Dilma Rousseff (PT) rebateu neste sábado (16) críticas do adversário José Serra (PSDB) ao Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Nesta sexta (15), o tucano afirmou que o exame precisa ser reformulado e que problemas ocorridos com a prova são fruto da “frouxidão” do governo federal.

“Eu acho um absurdo a declaração do candidato Serra a respeito do Enem, porque quando se fala em vazamento, é necessário que se perceba que o crime que foi cometido contra o Enem está sendo investigado”, afirmou Dilma. Ela defendeu o exame, dizendo que tem sido essencial porque é uma forma de controle da qualidade de ensino e pré-condição para o ProUni.

Dilma chegou nesta manhã à praça do Papa, na região sul de Belo Horizonte, acompanhada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente José Alencar, e do presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra. Ela faz carreata por 13 pontos da capital mineira.

A petista também acusou Serra de atacar o ProUni. “O partido do vice dele, o Democratas, entrou na Justiça pedindo para acabar com o Enem no Supremo”, disse. Para Dilma, o fim do Enem compromete a oportunidade de 700 mil estudantes.

Ontem, Serra prometeu continuar o ProUni e criar o ProTec (o ProUni do ensino técnico). “O ProUni estou de acordo, vamos manter. O governo federal conseguiu inserir o dinheiro público no ensino privado, mas eu me pergunto se fosse o Paulo Renato [Souza, secretário da Educação de SP] e a Maria Helena [Guimarães de Castro, ex-secretária estadual da Educação de Serra] que tivessem criado”, ironizou.

Em seguida, ela negou que o exame seja eleitoreiro e que tenha sido usado politicamente. Para candidata, isso “é desconsiderar o papel que ele teve nesses anos todos, no sentido de traçar o caminho do acesso de pessoas pobres a uma bolsa que paga todo o curso numa universidade de boa qualidade”.

Dilma afirmou ainda que, caso seja eleita, vai manter e expandir o ProUni através do Enem, além de aumentar o número de universidades públicas federais no interior do país. Ela defendeu que cidades polo tenham campi “para garantir a presença das universidades onde as pessoas moram”. “Isso vai garantir que o jovem não seja obrigado a deixar sua família e suas relações sociais”, afirmou.

Por fim, sobre o debate Folha/RedeTV! que acontece na noite deste domingo, a petista adiantou que o segundo encontro entre presidenciáveis no segundo turno deverá ser “esclarecedor”.

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