Vice de Serra comenta CNT/Sensus e critica plano de Direitos Humanos

Embora o clima entre tucanos e democratas, na Bahia, nesta quinta-feira, 14, fosse de confiança e otimismo, Indio da Costa (DEM), vice de José Serra (PSDB), foi cauteloso ao comentar o resultado da pesquisa CNT/Sensus divulgada hoje e, em breve conversa com um grupo de evangélicos, criticou o que classificou de “excessos” do Terceiro Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3).

“O PNDH-3 ameaça a liberdade religiosa e a liberdade de imprensa e garanto que com a gente não haverá nenhum tipo restrição religiosa ou à imprensa”, disse. “Se já há tanta corrupção no Brasil com imprensa livre, imagine sem”, acrescentou.

Sobre o levantamento da CNT/Sensus, Indio se mostrou otimista. “Estamos indo muito bem. Começamos lá atrás, na primeira pesquisa Datafolha, com 27%. Fomos crescendo e agora a CNT/Sensus mostra que temos uma tendência muito clara de vitória. Mas é muito importante lembrar que a vitória é nas urnas e não nas pesquisas”, comentou. "É assim que a gente vai ganhar, com o apoio da população", reforçou.

A pesquisa confere 46,8% das intenções a Dilma, contra 42,7% de Serra. Com margem de erro 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos, o resultado aponta empate técnico entre os dois.

Seguindo a estratégia de reverter os índices eleitorais que no primeiro turno das eleições presidenciais deram a vitória ao PT na Bahia, o vice de Serra deu prosseguimento nesta quinta, à sua programação de campanha no Estado, iniciada ontem, quando participou de uma reunião de lideranças tucanas em Salvador. Hoje, Indio fez uma caminhada no bairro de Pernambués e visitou o Mercado Modelo, um dos principais cartões postais da cidade, acompanhado por lideranças dos dois partidos, PSDB e DEM.

Assim que chegou ao Mercado Modelo, ele cumprimentou populares e lojistas, beijou crianças e até ensaiou passos de capoeira. Depois, falando para um grupo de comerciantes, o democrata elencou as propostas de governo mais populares de José Serra, como o décimo terceiro para o Bolsa Família; a expansão do programa federal; o aumento do salário mínimo para R$ 600; aumento de 7% para aposentados e pensionistas; redução de impostos federais nos produtos mais consumidos pela classe mais pobre da população, entre outros.

Ao se despedir, antes de embarcar para Belo Horizonte (MG), onde participará de reunião com o senador eleito Aécio Neves (PSDB) e prefeitos de partidos aliados, Indio deixou um recado para o governador reeleito da Bahia, Jaques Wagner (PT).

"Quero dizer a Wagner que, na presidência, nós vamos tratar todas as prefeituras e todos os governos do PT e do PMDB com a mesma atenção que aquelas presididas pelo PSDB, DEM e PPS, porque o que está em jogo não é a relação política, mas a população brasileira que merece respeito", concluiu.
 

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