Em encontro com aliados nesta quarta-feira (6), em Brasília, o candidato do PSDB à Presidência José Serra disse que, se eleito, irá apresentar uma proposta ao Congresso Nacional para regulamentar a participação de presidentes da República nas campanhas eleitorais.
"O que vamos ter que fazer, junto com o Congresso Nacional, por incrível que pareça, será estabelecer os marcos da participação do chefe político nas campanhas. O que não fica estabelecido pelas normas e costumes, fica estabelecido em lei”, disse Serra. “Fui enfrentado por telemarketing gravado por presidente da República. Tem coisas que não se faz”, completou.
Aproveitando o teor da proposta, Serra elogiou a postura de dois ex-presidentes: Itamar Franco (1992-1994), recém-eleito senador pelo PPS de Minas, e Fernando Henrique Cardoso (1994-1998 e 1998-2002), que não estava presente no evento.
Em seu discurso, o tucano destacou a importância da negociação de Fernando Henrique Cardoso com o FMI (Fundo Monetário Internacional) que, nas palavras dele, garantiu “segurança” para o governo seguinte, do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Apoio de Marina
Para o tucano, a presença de Marina nas eleições trouxe ainda o tema “política” até para quem não gostava do assunto. “Houve uma contribuição muito grande dada pela Marina [Silva] . Ela é uma pessoa íntegra e não tenho dúvida de que sua integridade foi um fator de contribuição muito grande para ela. A Marina é uma pessoa que contribuiu muito para a democracia”, comentou.
Aborto
“Nunca disse que sou contra o aborto porque sou a favor, ou melhor, nunca disse que sou a favor porque sou contra. Essa é uma questão pessoal”, rapidamente se corrigiu o presidenciável. E completa: “o PT vai tirar o aborto do programa. Tem o direito. O que não tem [direito] é de enrolar”.