14/09/2010 - 18h47

Dilma diz que não aceita ser responsabilizada por denúncias na Casa Civil

Camila Campanerut
Do UOL Eleições
Em Brasília
  • Nesta terça (14), Dilma afirmou que Erenice Guerra tem experiência, capacidade e compromisso público

    Nesta terça (14), Dilma afirmou que Erenice Guerra "tem experiência, capacidade e compromisso público"

A candidata à Presidência da República pelo PT, Dilma Rousseff, afirmou nessa terça-feira (14) que não admite ser responsabilizada por possíveis irregularidades e tráfico de influência que possam ter ocorrido sob a tutela da ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, seu antigo braço direito na pasta.

"Não vou admitir qualquer tentativa de transformar problemas havidos com filhos de pessoas ligadas ao governo no caso da ministra Erenice. Não vou aceitar isso [ser responsabilizada]".

Questionada se Erenice Guerra deveria deixar o cargo durante as investigações, a presidenciável alegou que não daria conselho desse tipo e que "acredita que a ministra tem condições de tomar essa decisão sozinha".

"Não vou dar esse tipo de conselho porque não acho correto o processo que ocorre no Brasil de, antes que se tenham provas, condenar uma pessoa e transformar essa pessoa em um pária", disse Dilma.

Segundo a candidata, Erenice Guerra tem "todos os requisitos" para definir como se agir durante as investigações. "Tem experiência, tem capacidade e tem compromisso público", disse ela.

Mais uma vez, Dilma se disse vítima de acusações sucessivas do seu principal adversário na corrida presidencial, o tucano José Serra.

"A partir do momento em que eu comecei a crescer nas pesquisas, comecei a sofrer acusações de toda a ordem. Até porque a própria Justiça não lhes deu guarida, como a tentativa de ligar minha campanha a fatos que nada tem a ver com ela, por exemplo, no caso do que foi dito a respeito do vazamento que ocorreu em setembro [de 2009, de dados sigilosos de aliados tucanos da Receita Federal], quando eu não era nem candidata, nem pré-candidata".

Para a petista, as acusações da oposição são mais uma tentativa de ganhar a eleição "no tapetão".
 

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