Na TV, Serra ataca hospitais federais e mira eleitorado feminino

O programa do candidato do PSDB à Presidência, José Serra, exibiu no horário eleitoral desta terça-feira (31) imagens de hospitais com falta de infraestrutura e responsabilizou a petista Dilma Rousseff pela situação. 

“Com a Dilma, a saúde não melhora”, afirmou a propaganda do tucano, após mostrar hospitais federais no Nordeste que supostamente sofrem com carência de leitos, excesso de filas e falta de medicamentos. O programa ainda disse que, recentemente, 37 crianças morreram em um centro de saúde federal no Maranhão por falta de atendimento médico e colheu depoimentos de pacientes criticando a situação da saúde pública.

Durante boa parte da propaganda, porém, Serra se dirigiu exclusivamente ao eleitorado feminino. Afirmou que, se eleito, terá “um olhar especial para a mulher” e citou o mutirão de prevenção ao câncer de mama que organizou quando foi ministro. Aproveitou para criticar o governo Lula, que “acabou com os mutirões da saúde, que teriam salvado muitas vidas".

Dilma

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, teve a saúde como o principal tema de sua propaganda eleitoral. A petista afirmou que, no papel, o SUS (Sistema Público de Saúde) “é um dos melhores programas de saúde pública do mundo”, mas, na prática, apresenta "muitas deficiências”.

Caso eleita, Dilma prometeu “consolidar em definitivo” o SUS e abrir 500 UPAs (Unidades de Pronto Atendimento para casos de pouca ou média urgência), que, segundo ela, iria diminuir as filas em hospitais públicos e pronto-socorros. Também afirmou que a gestão Lula “aumentou a expectativa de vida dos brasileiros” e reduziu casos de desnutrição infantil. E voltou a afirmar que pretende criar o “Rede Cegonha” - que dará atendimento integral às mães brasileiras “do início da gravidez até o primeiro ano de vida” da criança - e um programa de distribuição gratuita de medicamentos para hipertensão e diabetes.

Marina

A presidenciável do PV, Marina Silva, usou seu pouco tempo de horário eleitoral para também falar da área médica. Marina afirmou querer investir na formação de profissionais da saúde e fazê-los "mais presentes na vida das comunidades". Disse que, para ela, "o compromisso com a saúde é pessoal", pois contou já haver sido atendida em hospital público como "indigente".

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