31/08/2010 - 11h46

Marina Silva diz que tom mais crítico com os adversários não é ''mudança radical''

Andréia Martins
Do UOL Eleições
Em São Paulo

A candidata do PV à Presidência, Marina Silva, disse nesta terça-feira (31) que as críticas feitas aos dois principais adversários na corrida presidencial, Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), não representam "uma mudança radical" no seu comportamento.

"O que eu falo na TV [no horário eleitoral] é o que eu falo normalmente. Isso não é um ataque pessoal. Não tem nenhuma mudança [de comportamento] radical. Isso tudo já estava programadao. No primeiro programa, você apresenta a biografia do candidato, mas não tem sentido ficar repetindo isso", disse a senadora depois de participar de um café da manhã com educadoras, promovido pela socióloga Neca Setúbal, em um bairro nobre da capital paulista.

"O Brasil precisa de educação de qualidade, planejamento em infraestrutura e desenvolvimento sustentável. Isso não se consegue com perfil gerencial. Estão pintando um mundo cor de rosa e azul para os brasileiros", disse ela.

Sobre pesquisas, a senadora disse que "não briga" com os números. "A causa Brasil é a mais forte de todas. Tenho de 8% a 10%. Quem tem disposição de lutar até com traço, vai ao segundo turno", disse.

Falta de apoio nos Estados

Questionada sobre a falta de apoio dos candidatos do PV nos Estados, entre eles a do candidato a deputado federal Zequinha Sarney (PV-MA), Marina disse que sua campanha era feita com "apoio da sociedade".

"Nossa campanha está sendo feita pela sociedade. Desconheço essa informação [da falta de apoio de Zequinha]. O Zequinha foi um dos entusiastas da minha candidatura. Hoje, eu tenho pessoas que se mobilizam espontaneamente para fazer a campanha. Agora, os aliados de 500 anos de política velha, que se eleitos vão fazer a mesma coisa, esses não estão comigo, nem precisam estar", afirmou, em referência a José Sarney.

Em seguinda, Marina argumentou que o colega de partido "não pode ser julgado pelo DNA. Essa não é uma escolha que se faça", disse.

 

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