30/08/2010 - 18h27

Dilma descarta Dirceu e ajuste fiscal em eventual governo

Maurício Savarese
Do UOL Eleições
Em São Paulo

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, afirmou nessa segunda-feira (30) que não discutirá nomes de um eventual governo, mas já descartou a participação de seu antecessor no ministério da Casa Civil, o deputado cassado José Dirceu. Ela disse também que o país não precisa de um ajuste fiscal no ano que vem porque “é um momento de uma nova era”.

Durante entrevista, em um hotel do centro de São Paulo, a líder nas pesquisas de intenção de voto para a Presidência afirmou que a participação de Dirceu em sua campanha é de “militante do PT”.

“Eu não acho muito provável [a participação de Dirceu em um eventual governo]. Ele não está participando de atividades do governo”. Dilma disse que seu comentário, no entanto, não é uma condenação ao ex-ministro – acusado de chefiar o esquema de compra de apoio político que ficou conhecido como “mensalão”.

“Não está prevista na Constituição a pena de banimento da vida pública. Outra coisa é tratar da composição do governo”. A petista reafirmou que não discutirá nenhum nome para ministério no caso de vencer as eleições de outubro o tucano José Serra.

Na área econômica, Dilma voltou a rejeitar a necessidade de um ajuste fiscal. Ela afirmou que o momento é para pensar em crescimento econômico e não de medidas restritivas a economia.

Ao responder críticas de Serra, que a acusou de “sentar na cadeira antes da hora”, a presidenciável ironizou o comentário do adversário. “Quem literalmente se sentou na cadeira antes da hora foi Fernando Henrique Cardoso, que eles escondem sistematicamente na campanha deles”, falou a petista referindo-se à disputa pela prefeitura de São Paulo, em 1985, na qual FHC foi fotografado na cadeira de prefeito. O vencedor, no entanto, foi Jânio Quadros.
 

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