18/08/2010 - 12h41

No 4º bloco, candidatos respondem a questões polêmicas dos internautas

Do UOL Eleições
Em São Paulo


No quarto bloco do debate online Folha/UOL, os três principais candidatos à Presidência da República, Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV) responderam a perguntas formuladas pelos internautas.

Ao ser questionada por Romeu di Sessa sobre se ela não seria uma candidata improvisada pelo partido após a queda de nomes como José Dirceu e Antonio Palocci, Dilma disse que essa desqualificação é “infundada”.

A petista lembrou de seu histórico político no Rio Grande do Sul e no governo de Luiz Inácio Lula da Silva para dizer que ela é uma “política não tradicional” pois não teve experiência parlamentar, mas uma grande experiência administrativa. “Poucos passaram por escrutínio tão pesado como eu.”

Dilma também foi questionada sobre a legalização do aborto. Juliana Fragetti lembrou que a petista já se mostrou favorável à legalização e perguntou se ela vai trabalhar por isso se for eleita.

A candidata voltou a afirmar que não é a favor do aborto, mas ressaltou que o Brasil precisa ter uma política de saúde pública para proteger as mulheres que correm risco de morte quando decidem fazer um processo ilegal para abortar.

Já Serra foi questionado pelo internauta Victor Longo se seria um presidente elitista já que o PSDB tem aliança com o DEM (ex-PFL), um partido “visto como um representante das elites, sempre lembrado por um passado vinculado ao coronelismo e aos latifundários”.

Serra aproveitou o questionamento para afirmar que tem origem humilde e sempre estudou em escolas públicas.

O tucano tentou colar sua imagem ao povo citando projetos como o Fundo de Amparo ao Trabalhador, o Saúde da Família, além de questões como os genéricos e o piso salarial acima do salário mínimo.

 

Outro internauta, Kleber Maciel Lage, perguntou ao tucano sobre o aparelhamento do Estado e a política do “toma-lá-dá-cá” de cargos. Em sua resposta, Serra afirmou que o loteamento de cargos chegou a um “extremo” na atual gestão federal e que ele não vai fazer isso se for eleito.

O candidato voltou a criticar a gestão federal ao dizer que a Fundação de Saúde foi “jogada no chão” pelo loteamento político e que os Correios está completamente loteado, desmoralizaando a administração pública.

Ao responder ao questionamento do internauta Luiz Otavio sobre doadores eleitorais, Marina aproveitou para alfinetar os rivais citando que ela foi a única que teve liberdade para escolher seu vice, Guilherme Leal. O candidata do PV disse ainda que as doações devem ser feitas de acordo com a legislação e, em hipótese alguma, com caixa dois.

Em outra pergunta, de Alexandre Werdan, sobre a necessidade das reformas políticas, tributária e da previdência, Marina voltou a defender a criação de uma Constituinte exclusiva para resolver o impasse dessas reformas que, segundo ela, viraram “consensos ocos” porque as pessoas assumem compromissos, mas, quando eleitas, não cumprem a promessa por pressão de outros partidos.

“Os blocos de aliança estão viciados (...). Essas bases devem entrar em extinção, precisamos de um novo acordo social”, disse.

Debate
O jornal Folha de S.Paulo e o portal UOL promovem nesta quarta-feira (18) o primeiro debate da história da internet entre candidatos à Presidência da República.

Os três principais candidatos, Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV), participam do debate no Tuca, teatro da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), com transmissão ao vivo pelo UOL. O jornalista Fernando Rodrigues, da Folha e do UOL, é o mediador do debate.

Os candidatos convidados são os três mais bem colocados nas pesquisas. Na segunda-feira (16), pesquisa Ibope mostrou que a candidata do PT lidera a disputa com 43% das intenções de voto, contra 32% de Serra e 8% de Marina Silva.

A última pesquisa Datafolha sobre a disputa presidencial, divulgada na sexta-feira (13), também apontou a liderança da candidata petista com 41% das intenções de voto, contra 33% do tucano e 10% de Marina.

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