06/07/2010 - 12h50

Em seu primeiro ato público de campanha, Dilma diz que é a candidata das políticas sociais

Sebastião Ribeiro
Especial para o UOL Eleições
Em Porto Alegre
  • Dilma cumprimenta populares durante visita ao mercado municipal de Porto Alegre

    Dilma cumprimenta populares durante visita ao mercado municipal de Porto Alegre

Em seu primeiro ato público no período oficial de campanha eleitoral, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, deu o tom do que deve marcar o seu discurso daqui para frente. Ao receber a medalha do mérito Farroupilha, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, a petista se apresentou como a legítima representante das políticas sociais no País.

"Quero reiterar o meu compromisso com a questão social, que é o que nos distingue das outras proposições e do meu adversário. Na questão social nós vemos um mundo e eles veem outro", disse em referência ao candidato José Serra (PSDB). A medalha do mérito Farroupilha foi concedida à ex-ministra “por serviços prestados ao povo gaúcho”.

Em seu discurso, Dilma reforçou que dará continuidade e irá ampliar os atuais programas sociais do governo Lula.

Ela ainda aproveitou para fazer afagos aos representantes do PMDB e PDT, citando Ulysses Guimarães (PMDB), Pedro Simon (PMDB-RS) e Leonel Brizola (PDT), para uma plateia repleta de pedetistas, legenda à qual Dilma já pertenceu.

Embora o PMDB componha a aliança nacional com PT, o candidato peemedebista ao governo do Estado, José Fogaça (PDMB-RS), não manifestou apoio explícito a nenhum dos candidatos ao Planalto. Dilma aproveitou para apresentar o adversário de Fogaça na disputa estadual, o ex-ministro da Justiça Tarso Genro (PT), como o candidato de sua preferência no Estado.


Dilma lamentou não receber o apoio do peemedebista. "Lamentamos que o Fogaça não nos apoie. Se o Fogaça nos apoiasse, teríamos uma posição mais assertiva [na campanha]", disse a petista.

Ainda na Assembleia, a candidata tratou de desvincular seu início de campanha pelo Estado ao fraco desempenho nas pesquisas eleitorais na região sul.

"Simbolicamente, a pré-campanha eu comecei em Minas Gerais, onde nasci e passei parte da vida. O outro Estado que compõe minha identidade é o Rio Grande do Sul. É justo começar aqui [a campanha] porque tem um valor afetivo e político simbólico".

Ao participar de uma caminhada na Esquina Democrática, tradicional ponto de manifestações políticas no centro de Porto Alegre, a candidata se mostrou à vontade com os gritos de "olê, olê, olá, Dilma, Dilma", fez brincadeiras e destacou a importância do Rio Grande do Sul, onde morou boa parte de sua vida.

Da Esquina Democrática, escoltada por políticos locais e pela Polícia Federal, que passa a fazer a segurança dos candidatos à partir de agora, Dilma seguiu em caminhada ao Mercado Público de Porto Alegre, onde distribuiu apertos de mão aos populares. Devido ao tumulto causado por sua passagem no local, Dilma preferiu, no entanto, não almoçar no mercado, como planejado anteriormente, e seguiu para compromissos particulares.

Programa de governo

Sobre o programa de governo entregue ontem ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Dilma atribuiu a polêmica gerada a um erro da pessoa responsável por coletar as informações. "Ela, ao tirar [as informações] do site [do PT], colocou o programa do PT, e o que apresentamos é o da minha campanha. Alem disso, ao programa da minha campanha, serão anexadas outras questões, porque vamos abrir discussões com outros partidos da base aliada", afirmou a candidata.

O programa de governo registrado pelo PT junto ao TSE no final da manhã de ontem não contemplava propostas dos aliados e apresentava pontos polêmicos, como a taxação de grandes fortunas, combate ao "monopólio da mídia" e a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas. O partido voltou atrás e entregou mais tarde uma nova versão do programa à Justiça Eleitoral.

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