18/05/2010 - 13h30

Temer é "melhor nome" para vice de Dilma, diz especialista; para Simon, indicação "não vale nada"

Diego Salmen
Do UOL Eleições
De São Paulo

A decisão da Executiva do PMDB que oficializou o nome do presidente da Câmara, deputado Michel Temer (SP), para ser vice na chapa de Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República "não vale nada". A crítica vem do senador e também peemedebista Pedro Simon (RS), para quem somente a convenção nacional do partido, marcada para 12 de junho, pode decidir sobre a postura da legenda nas eleições de outubro.

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"O que a Executiva tem a ver com isso?", ataca Simon, um dos fundadores da sigla. "Nós vamos para a convenção com a tese da candidatura própria", diz, embora admita que "não será fácil" vencer os defensores da coligação PT-PMDB no pleito presidencial.

"A tese da candidatura própria do Roberto Requiao [governador do Paraná pelo PMDB) não passa, a maioria do partido não quer isso", diz o cientista político Gaudêncio Torquato, da USP (Universidade de São Paulo). "Ele não vai conseguir nem 5% [do apoio necessário à aprovação da candidatura própria]", analisa. "A decisão [de apoiar Dilma] já está tomada. A não ser que ele [Temer] não queira", diz.

Para o especialista, o nome de Temer "é o mais indicado" dentro do PMDB para ser o vice da ex-ministra da Casa Civil. "Ele tem sido uma espécie de lã entre vidros e tem conseguido uma unidade excepecional no PMDB", afirma.

"Ele conseguiu fazer o PMDB estar até mais unido que na época do Ulysses Guimarães; ele consegue dialogar com todas as áreas, inclusive com Simon, Requião... É o melhor nome", avalia o cientista político. "Se Dilma ganhar, vai precisar de alguém com interlocução, de um braço direito no Congresso, e esse é Michel Temer", opina.

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