16/09/2010 - 23h05

Rivais atacam Cabral e pedem segundo turno no debate Folha/RedeTV!

Carlos Bencke e Maurício Savarese
Do UOL Eleições
Em São Paulo

Os quatro principais candidatos ao governo do Rio de Janeiro estão reunidos nesta quinta-feira (16) no debate Folha/RedeTV! e três deles se uniram para criticar o líder nas pesquisas de intenção de voto e favorito para se reeleger já no primeiro turno, Sergio Cabral (PMDB). O peemedebista evitou confrontar os rivais e preferiu elencar números de sua gestão no Palácio das Laranjeiras.

Jeferson Moura pede a Sérgio Cabral que liste todos os partidos de sua coligação

Em seguida, o segundo colocado nas pesquisas, Fernando Gabeira (PV), questionou Fernando Peregrino (PR), aliado do ex-governador Anthony Garotinho, sobre a necessidade de um segundo turno no Rio de Janeiro e no Brasil.

No segundo bloco do debate, veio a primeira crítica dura. O candidato do PSOL, Jefferson Moura, questionou o governador sobre o apoio que deu ao ex-deputado estadual e ex-policial civil Álvaro Lins, cassado por suspeita de corrupção. “O meu governo foi o que mais agiu contra a má conduta na polícia”, respondeu Cabral. “Inclusive o ex-chefe da Polícia Civil do governo anterior foi expulso por meu governo”.

Gabeira tem apoio dos presidenciáveis José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV) e citou a demissão da ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, aliada da presidenciável Dilma Rousseff (PT), para impulsionar sua tese. “Isso é para que os eleitores brasileiros procurem discutir mais o processo”, disse o candidato do PV.

Em seus comentários finais, o candidato do PV insistiu: "Caiu o braço direito da Dilma, vocês precisam também conhecê-la melhor". Se a votação fosse hoje, a petista e Cabral seriam vencedores.

Peregrino pediu a Deus que haja segundo turno no Rio de Janeiro e citou a mulher de Cabral, advogada de empresas que têm contrato com o governo estadual, para defender a ideia. “Se em Brasília a situação da Erenice é tráfico de influência, o que seria o caso aqui do Rio de Janeiro?”, disse o candidato do PR.

Gabeira também martelou o pedido. “Muitos temas aqui não ficaram claros para o eleitor. A esposa do governador, os escândalos na saúde. Precisamos de um segundo turno para esclarecer esse processo”, disse.

"Tabajara"

No fim do segundo bloco, Cabral perguntou a Gabeira sobre investimentos no Rio de Janeiro. O candidato do PV rebateu o tom otimista do governador com uma referência ao programa humorístico Casseta & Planeta, da TV Globo, em um quadro que ironiza produtos que resolveriam qualquer situação. “É a candidatura tabajara: seus problemas acabaram. Mas não é assim de verdade”, disse o candidato do PV.

No quarto bloco, questionado sobre quem eram os 16 partidos que compõem suacoligação, Cabral disse que tem orgulho de ter o apoio de partidos pequenos, médios e grandes. "Eu tenho orgulho de ter apoio de 16 partidos",afirmou. Segundo o candidato, o fato de seis partidos que o apoiaram nas eleições passadas continuarem o apoiando e mais dez se juntarem à aliança é uma demonstração de que o governo está no caminhos certo.

Em sua réplica, o candidato Jeferson Moura provocou: "O senhor não sabe quais os partidos que compõem sua aliança? Isso é um absurdo. É uma composição que é como cruzamento de vaca com cavalo: não dá leite, nem puxa carroça". O peemedebista rebateu no mesmo tom: “Eu esperava que o senhor, na réplica, dissesse quais são os partidos”.

Em seus comentários finais, Cabral pediu reeleição para "o time que ganhou a Copa, ganhou as Olimpíadas e vai reconstruir o Rio". Depois de ele falar, ainda ouviu mais um ataque de Gabeira, que se disse censurado pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) por exibir um vídeo no qual um garoto do complexo de Manguinhos é chamado de "otário" e "sacana" pelo governador.

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