16/09/2010 - 14h13

Gabeira critica propaganda "tudo está bem", de Cabral, e se diz um "ex-Gabeira"

Andréia Martins
Do UOL Eleições
Em São Paulo
  • Fernando Gabeira afirmou que tem alterado suas posições constantemente

    Fernando Gabeira afirmou que tem alterado suas posições "constantemente"

O candidato do PV ao governo do Rio de Janeiro, Fernando Gabeira, criticou nesta quinta-feira (16) a propaganda eleitoral do adversário, o candidato à reeleição Sérgio Cabral (PMDB), que segundo ele, "criou sensação de que tudo está bem" no Rio.

“O que acontece é que o governo gastou R$ 430 milhões em propaganda. Criou uma sensação de que as coisas vão bem. Precisamos desmontar a imagem oficial e no outro momento apresentar propostas”, disse Gabeira durante sabatina do jornal O Globo.

"Para a saúde, educação, segurança (o atual governo) apresenta soluções mais simples possiveis. A saúde, são as UPAs, grande poder de atração e fascínio para a opinião pública. Segurança são as UPPs. Educação, dando computadores em sala. Tudo transmite aos espectadores a sensação que os problemas estão sendo resolvidos", afirmou o candidato sobre a campanha adversária.

Ao responder a pergunta de um eleitor sobre como via suas ideias na política atual, o verde se disse um “ex-Gabeira”. "Me sinto ex-Gabeira constantemente porque constantemente tenho alterado minhas posições".

Quebra de sigilo

Gabeira também mencionou o episódio do vazamento de dados sigilosos de pessoas ligadas ao candidato do PSDB à Presidência, José Serra, e relacionou o caso ao dos aloprados [escândalo das eleições 2006, sobre denúncias de um suposto dossiê elaborado por um integrante da campanha de Aloizio Mercadante, do PT-SP, contra José Serra] agora que a investigação está sob responsabilidade da Polícia Federal.

“Esse caso [aloprados] teve um destino, tentei de todas as maneiras de buscar um entendimento. A PF pegou o caso, desidratou e ele desapareceu. A tática agora parece muito semelhante. O que é desidratar? Tirar o conteúdo político e colocar como um fato comum. Tática usada nas outras eleições e vão usar de novo”, afirmou.

Sobre as mudanças na distribuição de royalties de Petróleo, Gabeira disse que isso “eliminou uma série de possibilidades”.

“Os royalties que são usados no Rio em cidades como Macaé e Campos, eles foram uma maldição. Campos teve sete prefeitos em seis anos. Tem os piores índices de saúde e educação. O estado precisa liderar esse processo. Não teremos royalties se as pessoas não tiverem compreensão da importância no cotidiano delas”.

Gabeira ainda disse que “discretamente criamos uma comissão para avaliar uma emenda que devolve ao Rio o direito de receber o ICMS na fonte”. Com isso, o verde avalia que estarão praticamente garantidos os 7 ou 8 bilhões de dólares para o Estado.

Apoio de Cesar Maia e Garotinho

Questionado se a aliança com o DEM do ex-prefeito Cesar Maia agregou a sua campanha ou subtraiu eleitores, Gabeira disse que foi uma aliança necessária “para enfrentarmos um governo como esse que tem 16 partidos, governo federal, municipal e uma máquina de publicidade montada”.

Sobre um eventual apoio da família Garotinho à sua candidatura, Gabeira afirmou que aceitaria o apoio da filha do ex-governador, Clarissa Garotinho.

“O que posso dizer a respeito do Garotinho é que mal o conheço, mas tenho boa impressão da atuação parlamentar da filha dele. Gostaria que ela me apoiasse no segundo turno, mas não pensei no segundo turno”, disse o verde.

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