13/08/2010 - 02h54

Em debate no Rio, adversários criticam Cabral por "máquina de propaganda do Estado"

André Naddeo
Do UOL Eleições
No Rio de Janeiro

Debate no Rio

Na base do todos contra um, o primeiro debate entre os principais candidatos a governador do Rio de Janeiro, ocorrido nesta quinta-feira (12), na sede da TV Bandeirantes, foi marcado pela insistência de Sérgio Cabral (PMDB), que busca a reeleição, em ressaltar o que considerou vitórias de seu governo, como a união com os governos municipal e federal, e a consolidação das Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs).

Do outro lado, os demais participantes (Jefferson Moura, do PSOL, Fernando Gabeira, do PV, e Fernando Peregrino, do PR) juntaram forças para criticar o que chamaram de máquina de propaganda do Estado.

Gabeira afirmou que Cabral gastou R$ 430 milhões com propaganda de seu próprio governo, enquanto que a saúde pública agoniza, segundo ele. “As UPAs (Unidades de Pronto-Atendimento) não dão conta dos hospitais. Que se derrube esse castelo de cartas, essa máquina de propaganda”, afirmou o ex-deputado federal pelo PV.

Fernando Peregrino (PR) causou irritação ao ex-governador ao dizer que a Supervia, concessionária que administra os trens no Rio, foi favorecida por ter como advogada a mulher do governador, Adriana Ancelmo Cabral. “Lamentável que você traga este assunto”, afirmou Cabral, sempre destacando, com números, os ganhos de sua administração.

O candidato do PMDB à reeleição ganhou direito de resposta em duas oportunidades: a primeira, justamente em função da acusação contra sua mulher. E a segunda, após Gabeira criticar o suposto desvio de R$ 81 milhões em remédios sem licitação na Secretaria Estadual de Saúde.

O único que destoou no programa, em alguns momentos, foi o candidato do PSOL, Jefferson Moura. Ele chamou o candidato do PV de ex-Gabeira por causa da aliança com o DEM de César Maia. “Eu luto contra forças muito poderosas, que estão aí há 12 anos. São forças que precisam ser combatidas, e para isso eu preciso de apoio”, disse.

Unidos contra o líder
Gabeira, principal adversário de Cabral, focou no tema da saúde pública numa espécie de bate-bola com Peregrino. “A primeira saída é o fim da corrupção. Os hospitais do Rio estão entregues às baratas”, afirmou o candidato do PR. “As UPAs (Unidades de Pronto-Atendimento) não dão conta dos hospitais. Que se derrube esse castelo de cartas, essa máquina de propaganda”, afirmou o ex-deputado federal pelo PV.

Por duas vezes no terceiro bloco, a equipe de Cabral solicitou direito de resposta, após os candidatos citarem denúncias de desvio de recursos públicos da saúde. Ele teve 45 segundos em cada resposta, mas preferiu não entrar muito em polêmica. “Teremos mais quatro anos para melhorar ainda mais a situação do Estado”.

Enfim, as UPPs
Foi apenas no quarto bloco do programa que Sérgio Cabral lançou mão de sua grande arma nestas eleições: as Unidades de Polícia Pacificadora. “Os índices de violência estão caindo no Estado inteiro, as UPPs são uma conquista, já estamos presentes com mais de dez”, afirmou. Fernando Peregrino (PR) rebateu: “Precisamos adicionar valores às UPPs, como saúde e educação. Precisamos ampliá-las para todo o sistema. Hoje ela não atende a todos “.


 

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