01/09/2010 - 12h16

Osmar diz que crack impulsiona crime no Paraná e promete rever pedágios

Maurício Savarese
Do UOL Eleições
Em São Paulo

O candidato do PDT ao governo do Paraná, Osmar Dias, afirmou nesta quarta-feira (1) durante sabatina Folha/UOL que, se eleito, contratará mais de 7 mil policiais para combater a criminalidade no Estado, hoje maior do que em outras regiões por conta “da falta de policiamento especial nas fronteiras” e “do “crack, que é o motor” disso. Ele disse ainda que vai rever pedágios estaduais com base em dados técnicos.

O segundo colocado nas pesquisas de intenção de voto evitou criticar seu neoaliado, o ex-governador Roberto Requião (PMDB), por não ter contratado mais policiais. O pedetista atribuiu o crescimento do crime no Estado à necessidade do governo estadual de pagar dívidas do Banestado, banco público do Paraná que foi privatizado, diz ele “pelos aliados do meu adversário [Beto Richa, do PSDB]”.

“Não podemos achar que o policiamento na fronteira tem de ser como em todo o Estado. No Estado, precisamos recompor o contingente das polícias. Contratar 5 mil militares e 2,3 mil civis”, disse Osmar, que prometeu ainda uma policia militar de fronteira, para barrar os tráficos de armas e de drogas. “Mas precisamos de uma parceria com o governo federal. O Estado sozinho não dá conta.”

“O crack tem sido o motor dessa criminalidade. O Paraná é fronteira com outros países e, por isso, fui autor do requerimento de urgência no Senado para dar poder de polícia às forças armadas na fronteira”, afirmou o pedetista. “Nós queremos mais polícia e mais Exército na fronteira. E vamos criar a polícia militar de fronteira, treinada, capacitada e habilitada para conter esse ingresso de drogas.”

O senador, que apoiou Beto nas eleições para a prefeitura de Curitiba em 2008, acusou aliados do adversário de exagerarem nas cobranças de pedágio em rodovias estaduais. “O pedágio desse pessoal que quer voltar é dez vezes mais o que é cobrado nas rodovias federais. Claro que eu não concordo com essas tarifas. Por isso, vou criar a agência reguladora, como é determinado por lei”, afirmou.

“Mensalmente quero abrir a planilha para você dimensionar as tarifas em cima de termos reais, e não do apetite de quem tem pedágio. Se a gente fizer um cálculo do fluxo de veículos de quando os pedágios foram instalados e hoje, pode ter alterado a planilha. Quero sentar com as concessionárias e discutir isso. Este preço não está sendo justo com os usuários”, disse ele, que ainda se comprometeu a não privatizar os portos do Estado.

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