11/08/2010 - 13h57

Hélio diz se arrepender de ironia com Dilma e critica Anastasia sem atacar Aécio

Maurício Savarese
Do UOL Eleições
Em Belo Horizonte

O candidato do PMDB ao governo de Minas Gerais, Helio Costa, afirmou nesta quarta-feira (11), durante sabatina do portal UOL e do jornal Folha de S.Paulo, que se arrependeu de sugerir voto nele e no presidenciável tucano, José Serra, em resposta a um comentário da presidenciável petista, Dilma Rousseff. Ele ainda atribuiu ao rival Antonio Anastasia (PSDB) problemas de gestão no Estado nos últimos anos.

Em visita a Minas Gerais no início da campanha, a petista cogitou o voto “Dilmasia” – para Dilma no Planalto e em Anastasia, sucessor do ex-governador Aécio Neves, para o Palácio da Liberdade. Em resposta, o peemedebista sugeriu o voto “Serrélio”, incluindo ele mesmo para o governo e o tucano José Serra para a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Foi mal eu falar. Eu não devia ter falado”, disse o candidato.

Por meses, PMDB e PT disputaram para indicar um único candidato ao governo mineiro. Vitorioso, o ex-ministro das Comunicações levou os partidos a preterirem o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel (PT). Para atenuar a crise, o peemedebista indicou o petista Patrus Ananias como seu candidato a vice.

Helio atacou Anastasia, mas se esforçou para dissociá-lo de Aécio – que goza de alta popularidade no Estado. “O candidato do PSDB teve funções muito específicas dentro do governo. Passou por todas as posições do governo. Se o Aécio soubesse metade do que aconteceu, ele não permitiria”, afirmou.

Para ele, problemas na administração tucana devem ser atribuídos ao gestor de programas e iniciativas, não ao ex-governador, “que fez um bom trabalho”. “Você tem de fazer essa distinção. Tem coisas que são da cabeça do governador Aécio. Outras, não”, resumiu o peemedebista, líder nas pesquisas de intenção de voto.

Sobre a dilapidação de sua base de apoio no interior mineiro, atribuída em parte a falta de engajamento de petistas em sua campanha, Helio desconversou. “Tenho certeza absoluta de que não vamos ter dificuldade com o apoio dos nossos prefeitos. Nossa base, principalmente PMDB e PT, tem mais de 350 prefeitos e vice-prefeitos em Minas”, disse. Depois, afirmou não depender exclusivamente de prefeitos. “Não é só uma liderança em uma cidade que pode canalizar os votos para um candidato", disse.

"Palmadinha"

Respondendo a perguntas curtas dos entrevistadores, ao fim da sabatina, Helio Costa disse que é contra uma lei que proíba as palmadas dadas pelos pais em seus filhos, e admitiu que ele mesmo deu "palmadinhas" em seus filhos. "A gente tem de medir direitinho, não pode nem pensar em agressão a criança. Mas um corretivo simples", afirmou o candidato.

O peemedebista disse ainda que é contra a descriminalização da maconha e a favor das pesquisas com célula-tronco embrionárias. Para Costa, que se diz católico praticante, o aborto só deve ser permitido se a gestação trouxer risco para a mãe. Sobre a anistia a torturadores do regime militar, o candidato diz que a questão está superada. "Nisso aí não se mexe. A história dá a palavra final sobre isso", afirmou.

 

Confira a íntegra da sabatina com Hélio Costa

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