11/08/2010 - 12h28

Hélio Costa nega pressão por sua candidatura e chora ao falar de Lula

Maurício Savarese
Do UOL Eleições
Em Belo Horizonte

O candidato do PMDB ao governo de Minas Gerais, Hélio Costa (PMDB), disse nesta quarta-feira (11) que não houve intervenção do governo federal para resolver o impasse entre seu partido e o PT. Segundo Costa, houve apenas uma "orientação" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que o nome escolhido fosse aquele com mais chances de vitória e que pudesse ajudar a alavancar a campanha da candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff. Costa chorou ao falar de sua relação com o presidente.

“Se o PT quisesse, nós todos teríamos candidatos, mas perderíamos as eleições”, disse o peemedebista, durante sabatina promovida pelo jornal Folha de S.Paulo e pelo portal UOL, em Belo Horizonte.

“Não houve nenhuma intervenção do governo federal. No início desse ano, o presidente Lula chamou o Patrus [Ananias, vice na chapa de Hélio Costa], o [Fernando] Pimentel] e eu, e nos disse que precisávamos formar uma grande aliança em Minas ou não teriamos chance de sair com pelo menos 1 milhão e meio de votos para a ministra Dilma [Rousseff] no Estado”.

Hélio negou qualquer tipo de pressão do PMDB para forçar uma candidatura da legenda e disse que seu nome foi escolhido pelo PT, pelo desempenho que ele apresentou nas pesquisas de opinião.

“Nesse espaço de um ano, eu nunca tive menos de 30 pontos em todas as pesquisas realizadas em Minas Gerais. Em cima disso é que o presidente dizia que o candidato seria o que tivesse melhor viabilidade eleitoral”, disse.

Choro

Costa chorou ao falar sobre sua relação com Lula e com o PT, partido que chegou a fazer oposição a Costa nos anos 90 - os sabatinadores chegaram a lembrar o slogan “Hélio Costa é Collor, ele não pode voltar”. Emocionado, o candidato disse que ao longo dos anos, foi se "apaixonando pela figura do presidente Lula".

“O fato de eu ter trabalhado na Globo dava a impressão de que eu era um cara de direita", disse o candidato ao governo, ao justificar a oposição do PT no passado. "Naquela época do Collor, o eleitor tinha muita desconfiança do presidente Lula. Logo em seguida, ele vai construindo alianças, como a feita com José Alencar, um empresário de sucesso e um homem de bem. Eu fui me apaixonando pela figura do presidente Lula", disse.

"Com o passar do tempo, o PT foi me conhecendo melhor", disse o candidato. Questionado sobre o apoio do ex-presidente e candidato ao governo de Alagoas Fernando Collor (PTB) a Lula e Dilma, Hélio se limitou a dizer que trata-se de uma "nova aliança" e que Collor "foi um acidente para todo mundo”.

Confira a íntegra da sabatina com Hélio Costa

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