05/10/2010 - 12h48

Heloísa Helena diz que vai "pensar" sobre ficar no PSOL e que analisa deixar política

Carlos Madeiro
Especial para o UOL Eleições
Em Maceió
  • A candidata derrotada ao senado Heloisa Helena

    A candidata derrotada ao senado Heloisa Helena

Derrotada na tentativa de voltar ao Senado Federal por Alagoas, a vereadora de Maceió e presidente nacional do PSOL, Heloísa Helena, disse nesta terça-feira (5) que se sente orgulhosa e vitoriosa pelos 417.636 votos (16,6% do total) recebidos, mas afirmou que já pensa em deixar a política.

Na eleição de domingo (3), ela ficou na terceira colocação geral na disputa pelas duas vagas ao Senado, atrás de Benedito de Lira (PP) e Renan Calheiros (PMDB) - ambos contaram com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Eu quero pensar [sobre o futuro]. Eu sei que a política é um bom meio de vida para quem é ladrão, mentiroso, vendido. Para quem não é, é uma tarefa difícil, difícil, difícil”, disse, respondendo, em seguida, que “obvio que eu penso [em deixar a política]”.

Sobre o futuro à frente do PSOL, após se negar a participar da campanha do presidenciável Plinio de Arruda Sampaio, Heloísa disse que é cedo para definir se seguirá no partido que ajudou a criar. “É muita coisa para eu pensar no primeiro dia depois do massacre. Eu vou pensar. Tudo na vida tem seu tempo para ter a serenidade necessária. No momento, eu sou bicho do mato em cima da árvore, olhando e observando a briga dos grandes”, disse.

Heloísa afirmou que o partido vai definir possíveis apoios para o segundo turno, tanto em nível nacional, como em Alagoas, mas descartou pedir votos. “A gente [do partido] nem conversou ainda, seria inconsequente da minha parte falar de definição. Mas sempre digo que os meus eleitores são homens e mulheres livres, que não precisam da minha orientação política para saber para onde vão. Não tenho nenhuma pretensão de orientar meus eleitores”, assegurou.

A vereadora alagoana disse ainda que não acredita que erros durante a campanha eleitoral resultaram em sua derrota, e que não mediu esforços para enfrentar a “máquina de moer sonhos e dignidades” montada em Alagoas.

“Fiz tudo que era humanamente e eticamente possível. Qualquer outra coisa que me rendesse uma vitória eleitoral, mas me criasse um impedimento pessoal de continuar militando de cabeça erguida e de coração feliz eu não faria. Quero agradecer a Deus por ter tido saúde física e mental para suportar essa campanha”, afirmou.

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