04/10/2010 - 00h12

Lessa e Vilela chegam ao segundo turno em Alagoas para definição ''plebiscitária''

Carlos Madeiro
Em Maceió (AL)

Depois de três meses marcados por ofensas, troca de acusações e poucas propostas, Alagoas chega ao segundo turno com a disputa entre Teotonio Vilela Filho (PSDB) e Ronaldo Lessa (PDT). O duelo “plebiscitário” entre o atual e o ex-governador promete —assim como no primeiro turno— ser bastante equilibrado.

A eleição em Alagoas foi a mais acirrada dos últimos tempos. Durante todo o período eleitoral, até uma semana antes da eleição, os três principais candidatos ao governo – Vilela, Collor e Ronaldo Lessa (PDT) - estiveram empatados tecnicamente, segundo as pesquisas do Ibope.

A definição contrariou os levantamentos da semana final, que colocavam Lessa na terceira colocação e apontavam o senador Fernando Collor na disputa final.

Para chegar ao segundo turno, Lessa superou o fato de ter tido a candidatura impugnada em agosto. O ex-governador começou a disputa na frente, mas à medida com que ia perdendo os recursos, ia caindo na intenção de votos.

O ex-governador recuperou o seu registro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na última quinta-feira (30) e fez um trabalho exaustivo de comunicação no interior nos três últimos dias antes da eleição, a fim de falar sobre a decisão. “Pena que já acabou o guia, mas vamos a cada canto de Alagoas informar sobre a decisão”, disse Lessa ainda na quinta, na esperança de reverter a fama de “inelegível” que seus candidatos lhe pregavam.

Lessa conseguiu chegar ao segundo turno e deve seguir centrando fogo no atual governo. Na campanha, Lessa sempre teve como alvo o governador Teotonio Vilela, poupando críticas a Fernando Collor – virtual aliado no segundo turno. Um dos trunfos de Lessa é o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que já gravou declaração de apoio ao pedetista.

Partindo de trás em todas as pesquisas, Vilela montou a maior estrutura e mais cara campanha e conseguiu, pouco a pouco, reverter a desvantagem nos números.

Durante toda a propaganda eleitoral, o governador pouco prometeu, mas sempre apresentou projetos desenvolvidos nos primeiros quatro anos de governo, sempre fazendo comparações com os governos dos dois principais adversários – que já passaram pelo Palácio República dos Palmares.
Vilela só apareceu na frente de um levantamento na última sexta-feira, quando o Ibope lhe deu 31% das intenções de voto.

Na sexta-feira, Vilela fez o último apelo, ao gravar um vídeo, e divulgá-lo em seu site, prometendo conceder reajuste aos servidores, já que durante os quatro anos de gestão tucana pouco mais da metade do funcionalismo não teve direito sequer à reposição da inflação. “Quero prometer aqui que darei o tão sonhado reajuste”, diz Vilela no vídeo, tentando atrair o voto da categoria onde possui maior rejeição e Lessa domina os apoio das entidades representativas.

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