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23/10/2008 - 12h22

Orlando Morando dará prioridade à saúde em São Bernardo

Da Redação*
Duas vezes vereador e duas vezes deputado estadual, Orlando Morando (PSDB) afirma ser o candidato mais preparado para governar São Bernardo, no ABC paulista. Segundo colocado no primeiro turno das eleições para prefeito com 37% dos votos - o adversário, Luiz Marinho (PT), teve 48% -, ele disse conhecer de perto os problemas da cidade e ser o "médico ideal para curar as doenças" do quarto município mais populoso do Estado.

"Se você vai a um médico que já te conhece e sabe quais são seus problemas, não precisa fazer uma bateria de exames para que ele prescreva o melhor remédio. Sei quais são os problemas de São Bernardo e posso começar a resolvê-los assim que assumir a prefeitura", exemplificou Morando, em entrevista à Agência Brasil.

O candidato afirmou também que seu comitê de campanha distribuiu 50 mil questionários para ouvir opiniões da população, antes de montar seu plano de governo. Recebeu 18,5 mil respostas e estabeleceu como prioridade ações na área da saúde. "Prioridade número um. Mais do que isso, prioridade número zero", afirmou.

De acordo com ele, estão em seus planos a construção de um hospital, cujo terreno já estaria reservado; a implementação de unidades de AMA (Assistência Médica e Ambulatorial), nos moldes das implementadas pelo governador José Serra (PSDB) na cidade de São Paulo, quando ainda era prefeito; e a contratação de mais médicos.

Morando disse que também pretende investir no transporte público. Assim como seu adversário, Luiz Marinho (PT), o candidato quer integrar o transporte metropolitano da Grande São Paulo com o transporte urbano do município, para que os usuários paguem somente uma passagem, utilizando mais de uma linha.

Ele afirmou também que pretende construir cinco mil casas populares em parceria com a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) do Estado e instalar na cidade um sistema de monitoramento de câmeras de segurança. "Todos esses são projetos que já foram referendados pelo governador [José Serra]", disse, ressaltando o apoio de seu correligionário.

Morando disse, entretanto, que também irá procurar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), caso eleito. Ele disse que pedirá apoio financeiro para realizar a adequação do sistema viário da cidade. Ele explicou que a atual administração já obteve um empréstimo do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) para a obra, mas a crise financeira elevou o custo das construções. "Vamos precisar de uma ajuda para pagarmos a contra-partida exigida no empréstimo", explicou, acrescentando que espera conseguir recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para urbanizar favelas.

O candidato disse, porém, que seu maior projeto voltado à melhoria das moradias de periferia será feito em uma parceria público-privada (PPP). Segundo ele, o projeto Cara Nova pretende realizar ações de paisagismo em bairros já urbanizados, melhorando a estética das casas e, por conseqüência, facilitando a conservação delas. "Vamos pagar os rebocos. Uma casa no tijolo tem muito mais chances de infiltração", disse.

Apesar de pesquisas demonstrarem que Morando segue atrás de Marinho na corrida pela prefeitura, o candidato afirmou estar confiante na vitória. Lembrou que muitos apontavam como certa a vitória de seu adversário já no primeiro turno. Para ele, o segundo turno é uma nova eleição, e novas alianças foram feitas buscando mais votos.

De acordo com Morando, 44 vereadores eleitos estão apoiando sua candidatura, fora os 12 candidatos a vereador de sua coligação Melhor Para São Bernardo, composta por PSDB, PP, PMDB, DEM, PSDC, PMN e PSB. O ex-vereador, ex-secretário municipal de esportes e suplente de deputado federal Edinho Montemor (PSB) é o vice da chapa.

Morando é um dos candidatos citados na "lista suja" da AMB (Associação dos Magistrados do Brasileiros). Na entrevista, ele admitiu que responde a um processo por improbidade administrativa pela contração de assessores, quando vereador.

O Ministério Público de São Paulo argumenta que Morando, assim como outros vereadores, tinham assessores em excesso. O candidato, porém, conseguiu vitória em primeira instância e, atualmente, aguarda sentença do Tribunal de Justiça paulista.

*Com Agência Brasil

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