Jungmann diz esperar "clima ordeiro" em atos pró e contra prisão de Lula
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Antônio Araújo/Estadão Conteúdo
Atos contra e a favor da prisão de Lula estão convocados em mais de 100 cidades no país
O Ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse à Reuters que espera um "clima ordeiro" no país nas próximas horas, quando estão previstas manifestações em diversas cidades em defesa da prisão de condenados em 2ª instância e uma análise do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a concessão de um habeas corpus ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Lula foi condenado em segunda instância a 12 anos e 1 mês de prisão no caso do tríplex do Guarujá, em São Paulo, e poderá ser preso se o Supremo rejeitar o recurso de sua defesa na quarta-feira.
Jungmann disse que não há nenhuma movimentação anormal antes dos atos e do julgamento, mas que as autoridades estão sempre atentas.
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"Manifestação é normal do regime democrático, que não é um regime de consenso, mas ele é regulado pela lei", disse o ministro à Reuters após participar de um evento no centro do Rio de Janeiro.
"Esperamos um clima ordeiro para quem quiser se manifestar hoje e amanhã. Um espírito ordeiro, de respeitar as instituições, as leis e o patrimônio ", acrescentou.
Ao ser questionado se temia confusões e conflitos, Jungmann afirmou que pelas análises prévias "dá para manter tudo sob controle"
Estão programadas para esta terça-feira manifestações em todo país nas principais capitais para exigir que condenações de 2ª instância sejam cumpridas, numa forma também de pressionar pela rejeição do habeas corpus pedido por Lula.
Intervenção e Marielle
Também nesta tarde, Jungmann declarou que os primeiros sinais positivos da intervenção no Rio de Janeiro, que já tem cerca de um mês e meio, começaram a ser sentidos. Segundo ele, na Páscoa houve uma redução em algumas estatísticas de criminalidade, embora o repasse de 1,2 bilhão de reais do governo federal ao Estado não tenha sido empregado ainda.
Mas nesta segunda-feira, o ISP, instituto de segurança pública do Rio, revelou um aumento em fevereiro nos roubos de carros, mortes em ações policiais e outras modalidade de crimes, mas uma queda nos homicídios ante fevereiro de 2017.
"As mudanças aos poucos vão sendo perceptíveis... e fazendo comparativo entre a Páscoa do ano anterior e desse ano os números foram melhores ", avaliou
"Evidente que esse ainda é um dado estatístico muito pequeno diante de uma situação muito mais ampla. As medidas estão sendo tomadas e os resultados são sentidos gradualmente e vão vir ", disse de a Reuters
Sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista dela, que nessa quarta feira completa três semanas, Jungmann garantiu que os crimes não ficarão sem reposta.
"Não se deve pressionar um pessoal competente e sério. Tem oito equipes trabalhando nesse caso e os resultados vão aparecer é só dar tempo e não pode ficar sem resposta", finalizou
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