Bolsonaro sugere que tiros em ônibus partiram dos próprios petistas

Valmar Hupsel Filho, Luana Souza e Ricardo Galhardo

Curitiba, 29

  • Ezequiel Joatã Prestes /Fotoarena/Folhapress

    28.mar.2018 - Chegada do Deputado Jair Bolsonaro em Curitiba (PR), realizada no Aeroporto internacional Afonso Pena em São José dos Pinhais (PR).

    28.mar.2018 - Chegada do Deputado Jair Bolsonaro em Curitiba (PR), realizada no Aeroporto internacional Afonso Pena em São José dos Pinhais (PR).

O deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ), pré-candidato à Presidência, negou que tenha incentivado ataques à caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sugeriu que os tiros que atingiram dois ônibus da comitiva na última terça-feira (27), no interior do Paraná, teriam partido dos próprios petistas.

"É tudo mentira. Está na cara que alguém deles deu os tiros. A perícia deverá ficar pronta entre hoje (quarta) e amanhã (quinta) e vai apontar a verdade", disse o deputado no fim desta quarta (28), em Ponta Grossa (PR).

Não foi a única menção do presidenciável do PSL ao episódio. Pela manhã, logo depois de desembarcar no aeroporto de Curitiba, Bolsonaro já havia ironizado os ataques. "Lula quis transformar o Brasil num galinheiro, agora está por aí colhendo ovos por onde passa", disse, discursando em cima de um carro de som.

Bolsonaro também ironizou a possibilidade de prisão de Lula, condenado em segunda instância na Lava Jato. "Não quero ele na cadeia. Quero ele em cana. Ele não gosta tanto de cana, vai levar cana." O pré-candidato foi carregado nos braços pelos manifestantes da área de desembarque até o carro de som que o aguardava na porta do aeroporto. Durante este trajeto, ele recebeu um boneco do ex-presidente, contra o qual ele simulou agressões.

Bolsonaro passou por Curitiba no mesmo dia em que Lula encerrou, também na cidade, sua caravana por Estados do Sul. Os dois pré-candidatos ao Palácio do Planalto, no entanto, não se encontraram.

No início da noite, cerca de 200 manifestantes contrários à presença de Lula em Curitiba realizaram um protesto pelas ruas da cidade. O grupo caminhou até encontrar uma barreira policial ao lado da Praça Santos Andrade, onde o ex-presidente faria o seu discurso.

A maior parte do grupo, formado por pessoas ligadas a grupos como Movimento Brasil Livre (MBL), Endireita Paraná e Amigos da Lava Jato, se dispersou antes mesmo do início do discurso de Lula. Cerca de 50 pessoas permaneceram no local gritando palavras de ordem como "Lula, ladrão, seu lugar é na prisão". Uma bandeira do PT foi queimada.

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