Aplaudido por aliados, Lula deixa sindicato antes de decisão do STF

Janaina Garcia

Do UOL, em São Paulo

  • Paulo Whitaker/Reuters

    Lula chega a sua casa, em São Bernardo do Campo (SP) na noite desta quarta (4)

    Lula chega a sua casa, em São Bernardo do Campo (SP) na noite desta quarta (4)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deixou o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP), por volta das 23h45 desta quarta-feira (4) sob aplausos de aliados. O petista permaneceu por pouco mais de 12 horas na entidade para acompanhar o julgamento do habeas corpus preventivo pedido por sua defesa ao STF (Supremo Tribunal Federal).

Durante praticamente todo o tempo, o ex-presidente foi acompanhado da ex-presidente Dilma Rousseff. O coordenador do programa de governo de sua pré-candidatura à Presidência, o ex-prefeito Fernando Haddad, os ex-ministros Miguel Rosseto, Luiz Dulcci e Luiz Marinho e os governadores Wellington Dias, Fernando Pimentel e Tião Viana também acompanharam o ex-presidente de perto.

Lula deixou o sindicato com o placar de 5x4 contrário à cessão do HC e durante o voto do decano do Supremo, Celso de Mello. No início da madrugada desta quinta-feira (5), após o voto da presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, os ministros negaram, por 6 votos a 5, o pedido de Lula.

O petista chegou em casa, a pouco a mais de um quilômetro de distância do sindicato, depois de um ato com cerca de 50 militantes do MTST, que fizeram batucada em frente ao prédio em que Lula vive com a família.

Aliados relataram durante o dia que o petista estava "tranquilo, sereno" durante a sessão de julgamento — sem acompanhá-la pela TV e falando de assuntos aleatórios como futebol (no caso, o gol de Cristiano Ronaldo) e greves dos anos 1980 (com a diretoria de 1988 do sindicato).

Havia uma expectativa entre pessoas próximas do petista de que ele falasse à militância presente ao sindicato - a maioria, integrantes do MST e MTST levados até lá em seis ônibus. Ao longo do dia, no entanto, com a sessão em andamento e com parte da militância indo embora, ninguém mais cogitou a possibilidade de o petista falar. Pouco depois das 20h, a assessoria do Instituto Lula descartou uma possível manifestação.

Nesta quinta, às 11h, a cúpula petista se reúne na sede nacional do partido, na Sé (região central de SP), para definir os próximos passos.

Mais cedo, Marinho havia mencionado que, caso o HC fosse rejeitado, uma das hipóteses discutidas na reunião seria a retomada das caravanas pelo país. Ele não citou o que seria debatido ante uma suposta rejeição do pedido.

Receba notícias do UOL. É grátis!

UOL Newsletter

Para começar e terminar o dia bem informado.

Quero Receber

UOL Cursos Online

Todos os cursos