Grupo anti-Lula fura bloqueio e se aproxima de praça onde Lula discursará

Bernardo Barbosa e Vinícius Boreki

Do UOL e colaboração para o UOL, em Curitiba

  • Davi Magalhães/Futura Press/Estadão Conteúdo

    28.mar.2018 - Protesto contra o ex-presidente Lula no centro de Curitiba (PR)

    28.mar.2018 - Protesto contra o ex-presidente Lula no centro de Curitiba (PR)

Cerca de 200 pessoas deixaram a praça 19 de Dezembro em direção à praça Santos Andrade, onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai discursar na noite desta quarta-feira (28) em Curitiba. O grupo de manifestantes não respeitou os bloqueios policiais, inclusive com cavalaria, e chegou à esquina das ruas Presidente Faria e Alfredo Bufren, no início do local onde o ex-presidente vai falar à militância.

O grupo, vestido com camisetas verde e amarelas, da seleção brasileira, do Movimento Brasil Livre e com o rosto do candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSC), chegou a Curitiba pela manhã, se concentrou no local destinado a eles até às 18 horas, quando resolveram marchar a distância de cerca de 1 quilômetro que separa os dois locais.

Desde o início da concentração, os carros de som já informavam que um dos objetivos do grupo era de se aproximar do ex-presidente. Os manifestantes carregavam ovos, megafones e apitos e gritavam palavras de ordem contra o ex-presidente.

Até o momento, a Polícia Militar não registrou ocorrências.

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Lindbergh critica "fascismo"

Um dia depois do ataque a tiros à caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (PT-RJ), disse nesta quarta-feira (28) em Curitiba que o país está entrando em um momento político no qual a violência pode fazer parte da campanha eleitoral deste ano.

"Infelizmente, a violência política vai estar presente nessa campanha eleitoral. Há pedidos de eliminação do candidato", afirmou a jornalistas ao chegar ao ato de encerramento da viagem de Lula.

Segundo o senador, só uma "disputa eleitoral saudável" pode conciliar o Brasil. 

Lindbergh concordou, quando questionado por jornalistas, que o avanço da extrema-direita é um fenômeno mundial, mas disse que a peculiaridade do Brasil é que "o fascismo lidera nas elites".

O senador citou dados da pesquisa de intenção de voto feita pelo Datafolha, que mostram o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ) como líder entre os eleitores que ganham mais de 10 salários mínimos.

O parlamentar também disse que a "pior coisa" no atual momento seria a continuação da "campanha pela prisão de Lula".

Apesar do risco de que Lula seja preso e fique inelegível, Lindbergh afirmou que o ex-presidente será inscrito como candidato do PT em agosto, quando o prazo para o registro de candidatura será aberto.

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