Veja o que disseram os desembargadores do TRF-4 ao negar recursos de Lula
Do UOL, em Brasília
Em exatos 12 minutos e 46 segundos, os três desembargadores da 8ª Turma do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) negaram no início da tarde desta segunda-feira (26) o recurso que pode ser o último da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na segunda instância contra a condenação no processo do tríplex, a 12 anos e um mês de prisão.
Relator do processo, João Pedro Gebran Neto, foi o que mais falou, por quase nove minutos. O advogado do petista, Cristiano Zanin Martins, fez apenas uma intervenção, sobre um dos questionamentos da defesa. Gebran Neto informou que não chegou a examinar o mérito do que chamou de "suposta colaboração informal entre autoridades brasileiras e americanas". Na prática, ele considerou que o pleito dos advogados era incabível.
O que a 8ª Turma do TRF-4 julgou foram os chamados embargos de declaração, um tipo de recurso usado apenas para corrigir omissões, contradições e obscuridades em uma decisão.
No julgamento, o relator concordou apenas em fazer correções no texto da decisão que confirmou a condenação de Lula. Por exemplo, será substituído "OAS" por "OAS Empreendimentos" e será corrigida a informação de que o Instituto Lula estaria com as atividades suspensas.
Em seguida, os desembargadores Leandro Paulsen e Victor Luiz dos Santos Laus votaram por menos de um minuto, cada um, acompanhando o relator. Ao fim do julgamento, Paulsen, que é presidente do colegiado, proclamou o resultado.
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