Seria "melhor para todo mundo" julgar pedido hoje, diz advogado de Lula

Gustavo Maia e Luciana Amaral

Do UOL, em Brasília

  • Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

    Advogados que atuam na defesa do ex- presidente Lula, entre eles José Roberto Batochio e Cristiano Zanin Martins, antes da sessão do Supremo

    Advogados que atuam na defesa do ex- presidente Lula, entre eles José Roberto Batochio e Cristiano Zanin Martins, antes da sessão do Supremo

Responsável por um pedido de última hora nesta quinta-feira (22) que garantiu a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) até, pelo menos, o próximo dia 4, o advogado José Roberto Batochio disse achar melhor que o STF (Supremo Tribunal Federal) julgasse hoje o habeas corpus.

Devido ao adiantado da hora, a sessão da Corte foi suspensa por volta das 19h por decisão da maioria dos ministros, depois que Marco Aurélio Mello disse que precisaria deixar o plenário porque tinha um voo marcado para as 19h40.

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"Foi surpreendente a saída do Marco Aurélio. Eu esperava julgar isso hoje. Seria o melhor para todo mundo, mas a gente faz o possível. Se ele tem um compromisso inadiável, a gente tem que respeitar, não é? Todos nós somos sujeitos a doenças, compromissos médicos, essas coisas", comentou Batochio.

Questionado sobre a expectativa para o resultado do julgamento do mérito do recurso, ele disse estar otimista, algo que, segundo ele, "um advogado tem que ser por natureza". "Quem não for otimista não pode ser advogado", declarou.

Na saída do plenário, Batochio foi bastante cumprimentado por colegas, que o parabenizaram por sua atuação.

Outro integrante da defesa de Lula, o ex-presidente do STF Sepúlveda Pertence, se limitou a dizer que, "na atual circunstância, era o que podia esperar do tribunal".

Outro advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, sorria efusivamente ao fim da sessão.

O clima entre os defensores do ex-presidente era de comemoração, enquanto do lado de fora do STF manifestantes contrários ao petista protestavam contra os ministros da Corte, chamados de "juizecos".

O deputado federal Wadih Damous (PT-RJ), que acompanhou o julgamento, declarou que a decisão desta quinta foi "correta e estritamente técnica".

Segundo ele, até 4 de abril, é "vida que segue". Sobre o próximo julgamento, do mérito da questão, afirmou não saber dizer qual será o placar, mas declarou ter a expectativa de que o habeas corpus seja deferido.

"A decisão de hoje não aponta para nenhum caminho. [...] A vida segue normalmente. O presidente está na caravana no Sul. A vida continua no ritmo normal até o dia 4 quando aí sim o Supremo retoma o julgamento do habeas corpus", falou.

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