Gleisi rebate Rui Costa sobre plano B a Lula: "é validar inelegibilidade"
Nathan Lopes
Do UOL, em Salvador
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AP Photo/Eraldo Peres
Gleisi disse que a opinião de Costa não reflete o pensamento da direção do partido
A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), rebateu, nesta quarta-feira (14) as declarações dadas pelo governador da Bahia, Rui Costa (PT), em entrevista ao UOL. sobre a "marra" do partido em se recusar a pensar em um nome para a eleição presidencial de 2018 diante da chance de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não poder concorrer.
Gleisi afirmou que respeita o governador, mas que a opinião do correligionário não reflete o pensamento da direção do partido. Para ela, a legenda não deve cogitar uma alternativa ao nome de Lula.
"Essa é uma discussão que não está colocada para nós", disse a senadora ao UOL. Para ela, pensar em Lula fora da eleição é aceitar a tese dos opositores do partido. "E é convalidar a tese da inelegibilidade", afirmou.
Para Costa, o PT deveria pensar na possibilidade de apoiar nomes de outros partidos no caso de Lula ficar de fora da disputa presidencial.
Os dois devem se encontrar nesta quarta-feira. Gleisi irá a Salvador para participar do Fórum Social Mundial, que acontece na capital baiana. As declarações de Costa à reportagem deverão ser debatidas entre eles.
Costa ainda disse que o PT precisa "virar a página daquele momento", em referência ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). "Nós queremos ou não o voto dessas pessoas [que apoiaram o impeachment] para reconstruir o Brasil? Queremos", afirmou o governador, que é candidato à reeleição.
Para Gleisi, "o impeachment foi um golpe contra a democracia que não tem que ser apagado da história". Ela não se opõe, porém, a discutir o eventual apoio de quem defendeu a saída de Dilma. "Não tenho problema nenhum em debater os votos de quem apoiou o impeachment".
Como argumento, a senadora citou a última pesquisa do Ibope para mostrar que o PT possui força e que o sentimento da população em relação ao partido tem mudado.
- ERRATA: A versão original desse texto dizia que a senadora Gleisi Hoffmann afirmou não querer os votos de quem apoiou o impeachment. A petista não disse isso. O texto foi corrigido.
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