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O Facebook retirou do ar um vídeo postado pelo vereador pela cidade do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PSC), em que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), aparecia. O vereador é filho do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ). A confirmação sobre a retirada do material foi feita nesta terça-feira (6) pela assessoria de imprensa do Facebook. O vídeo é objeto de uma ação judicial movida por Alckmin contra o Facebook na Justiça de São Paulo. Segundo a companhia, o material foi retirado após denúncia feita por usuários e por "ferir" os padrões da "comunidade".

A retirada do vídeo ocorreu na tarde da última segunda-feira (5), mesmo dia em que o UOL revelou que Alckmin moveu uma ação contra o Facebook pedindo a retirada do material do ar, a quebra do sigilo cadastral de quem o postou e multa em caso de descumprimento. A decisão do Facebook aconteceu mesmo depois de a Justiça de São Paulo negar, em caráter liminar (provisório), o pedido de Alckmin. Desde então, nenhuma nova decisão relativa a este processo foi tomada.

O vídeo havia sido postado por Carlos Bolsonaro no dia 25 de dezembro do ano passado em seu perfil pessoal no Facebook e mostrava Geraldo Alckmin celebrando a criação do secretariado de diversidade do PSDB, uma entidade dentro do partido destinado para debater temas relacionados à causa LGBT.

A defesa de Alckmin alega que o vídeo original havia sido editado intencionalmente para ferir a honra do governador. O material postado por Carlos Bolsonaro mesclava momentos de um pronunciamento de Alckmin à militância tucana com fotos de manifestações promovidas por militantes da causa LGBT. As fotos incluem cenas de simulação de atos sexuais.

Na tarde da última segunda-feira, Carlos Bolsonaro utilizou sua conta no Twitter para acusar o Facebook de retirar o vídeo do ar. Ele aproveitou a postagem para publicar o vídeo novamente.

Ao UOL, a assessoria de imprensa do vereador Carlos Bolsonaro reafirmou que o vídeo foi retirado do perfil do parlamentar pelo Facebook.

O advogado Fábio de Oliveira Machado, que defende Alckmin nesta ação, disse não ter sido comunicado pelo Facebook a respeito da retirada do vídeo do ar.

Questionada, a assessoria de imprensa do Facebook confirmou a retirada do vídeo alegando que ele feria normas da rede social. "O conteúdo foi removido em resposta a denúncia da nossa comunidade, por ferir nossos padrões da comunidade", disse a companhia.

Farpas em ano eleitoral

As "farpas" trocadas pela família Bolsonaro e Geraldo Alckmin acontecem no momento em que o patriarca da família e o tucano tentam viabilizar suas pré-candidaturas à Presidência da República. Os dois disputam votos do eleitorado da chamada "centro-direita".

De acordo com a pesquisa de intenção de voto CNT/MDA divulgada nesta terça, no cenário em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não aparece, Bolsonaro lidera a corrida presidencial com 20% das intenções de voto. Alckmin aparece em terceiro lugar, com 8,6% das intenções de voto. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.