Marina brinca que treinará para falar rápido em programa eleitoral de 10 s

Daniela Garcia

Do UOL, em São Paulo

  • Fabio Braga/Folhapress

A pré-candidata à Presidência da República pela Rede, Marina Silva, disse nesta quinta-feira (22) que vai precisar de "treinamento" para falar rápido na propaganda eleitoral. Durante coletiva no Recife, a ex-ministra brincou: "A gente tem até que fazer um treinamento. Como é que a gente fala programa de governo em 10 segundos?".

Se a Rede não se coligar com outros partidos, projeção do jornal Folha de S.Paulo mostra que Marina contará com 12,8 segundos em cada bloco –um à tarde e outro à noite, nas terças, quintas e sábados dos 37 dias que antecedem o 1º turno. 

A pré-candidata terá um tempo de TV bem inferior ao das eleições passadas. Em 2010, ela teve cerca de um minuto, enquanto em 2014 contou com dois minutos.

A ex-ministra se mostrou otimista, apesar da previsão do pouco tempo de TV. "O povo brasileiro é muito maior que os 10 segundos que eles nos dão", disse.

Marina esteve nesta quinta no Recife para a filiação do ex-prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio. Ex-MDB, ele já acertou a sua pré-candidatura pela Rede ao governo do Estado. 

Sem presença no debate

Marina também poderá ficar sem participar dos debates eleitorais na TV com a previsão da saída de dois parlamentares da sigla: Alessandro Mólon (RJ) e Aliel Machado (PR).

As novas regras eleitorais impedem que os candidatos, de partidos com menos de cinco congressistas, participem dos debates televisivos. 

Marina disse nesta quinta que já está buscando "filiações programáticas" para não ficar de fora dos debates. "Já estamos em diálogo com deputados e senadores. Até 7 de abril, que é a janela, estaremos aptos a participar do processo politico quanto aos debates", disse. 

No último Datafolha, divulgado em 31 de janeiro, Marina Silva oscilou entre 7% e 16% das intenções de voto. Nos cenários com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ela aparece na terceira colocação. Sem ele, ela fica em segundo, atrás do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ).

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