Crivella faz maratona de visitas e entrevistas em 1º dia de prefeito eleito

Gustavo Maia e Paula Bianchi

Do UOL, no Rio

  • Paula Bianchi/UOL

    Crivella participa de comemoração em Madureira, a zona norte do Rio

    Crivella participa de comemoração em Madureira, a zona norte do Rio

Ainda estava escuro quando o senador Marcelo Crivella (PRB) saiu de casa, por volta das 6h desta segunda-feira (31), menos de 12 horas depois de ser eleito prefeito do Rio de Janeiro. Da Barra da Tijuca, na zona oeste da cidade, onde mora em um condomínio fechado, percorreu mais de 30 km de carro até a Pavuna, na zona norte, uma das extremidades do município, para "agradecer eleitores". Foi o começo de uma maratona de visitas a diversos bairros da cidade e entrevistas a veículos de imprensa.

Na Pavuna, Crivella deu a primeira entrevista do dia por volta das 8h, ao vivo para a "Rede Record", que pertence ao seu tio, o bispo da Igreja Universal do Reino de Deus Edir Macedo. De lá, dirigiu-se para o outro lado da cidade, no bairro de Santa Cruz, na zona oeste --um trajeto superior a 40 km.

No caminho, parou para comer em uma lanchonete Habib's. "Ele gosta muito do milk shake de lá", contou uma assessora.

Nas ruas, em clima de campanha, foi abraçado e fotografado por eleitores, e retribuiu com beijos e agradecimentos, repetindo diversas vezes: "ganhamos!". Em alguns momentos, emocionou-se com a abordagem de moradores, ficando com os olhos marejados.

De Santa Cruz, começou outro longo deslocamento, de aproximadamente 60 km, até o bairro de São Cristóvão, na zona norte, no prédio do "SBT", onde concedeu entrevista ao vivo, às 12h30. Ao final da entrevista, encontrou no corredor do prédio Sara Abravanel, gerente regional e irmã do dono da emissora, Silvio Santos.

Pediu que ela mandasse um abraço ao apresentador e disse que, da próxima vez que for a São Paulo, irá visitá-lo. "Gosto muito do Silvio. Todo o Brasil gosta dele", comentou. Crivella ainda perguntou a origem de "Senor", o nome real do comunicador. "Acho que é grega", respondeu Sara.

Quando um repórter do jornal "O Globo" reclamou que Crivella não havia divulgado a sua agenda nos últimos dias e nesta segunda, o senador, que criticou e se disse perseguido pela imprensa na reta final da campanha, foi diplomático. "Fica aqui o meu pedido [de desculpas] formal. Nós estamos querendo caminhar em paz, para chegar em paz e governar em paz. Os órgãos de imprensa são responsáveis, em grande parte, pelo aperfeiçoamento cultural", declarou.

Taís Vilela/UOL
No início da tarde, Crivella concedeu entrevista a jornalistas do SBT

Por volta das 15h, Crivella e a equipe pararam para almoçar perto do "SBT" e depois de um breve intervalo seguiram novamente para zona oeste, desta vez com destino ao calçadão de Campo Grande, a cerca de 50 km.

O senador sofreu para atravessar a multidão que insistia em pará-lo para bater selfies e, com a ajuda de seguranças contratados pela campanha, subiu em um banco de praça onde discursou por cerca de cinco minutos, agradecendo os votos e o carinho.

Menos de meia hora depois, partiu para o bairro vizinho de Bangu, onde também conversou com eleitores no calçadão, e de lá embarcou para Madureira, na zona norte da cidade, a aproximadamente 20 km.

O prefeito eleito, que chegou ao local por volta das 19h30, nem chegou a se afastar do carro. Abraçou eleitores, bateu fotos e partiu menos de dez minutos depois, encerrando a maratona de agendas do dia. "

Paula Bianchi/UOL
Crivella bateu selfies com eleitores em Campo Grande, na zona oeste da cidade
"Das 6h até 19h30 está de bom tamanho, não é?", comentou, aliviada, uma das assessoras ao confirmar que este era o último compromisso de Crivella na segunda.

Questionado por jornalistas várias vezes ao longo do dia sobre a formação do seu secretariado, disse que não anunciaria nenhum nome longe dos aliados, para não demonstrar "qualquer ponta de arrogância".

Declarou, no entanto, reafirmando promessa de campanha, que fará uma "caça aos valores" para montar um secretariado técnico, "que deverá ser muito enxuto".

"O povo requer de nós um governo austero. Nós estamos em pleno ajuste fiscal, e portanto todos precisam compreender que o número de secretarias será menos da metade [que as atuais 29 pastas]", disse o prefeito eleito.

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