Iris Rezende (PMDB) é eleito e será prefeito de Goiânia pela 4ª vez

Colaboração para o UOL, em Goiânia

  • Reprodução/Facebook Iris Rezende

    Com eleição de Íris Rezende (PMDB), Goiânia tem o prefeito mais velho das capitais

    Com eleição de Íris Rezende (PMDB), Goiânia tem o prefeito mais velho das capitais

O ex-governador e ex-senador Iris Rezende (PMDB) foi eleito prefeito de Goiânia (GO) neste domingo (30) ao derrotar o candidato Vanderlan Cardoso (PSB), a grande surpresa da eleição. É a quarta vez que Rezende assume a prefeitura da capital de Goiás.

Com 100% das urnas apuradas, Iris teve 57,7% dos votos, contra 42,3% de Vanderlan. 

"Neste momento em que o mundo político está praticamente hostilizado pela maioria da população brasileira, um político de 82 anos se elege prefeito. Isso porque o meu comportamento em todos os mandatos foi alvo de exemplo. Nunca aceitei ao meu lado aproveitadores ou aqueles que tivessem interesses pessoais", disse, após anúncio da vitória.

Rezende é o mais velho entre todos os prefeitos de capitais no Brasil eleitos em 2016. O veterano tem 82 anos --completará 83 em dezembro-- e chegou a anunciar o fim de sua carreira política neste ano, mas voltou atrás na decisão ao ser convidado pelo PMDB para ser o candidato do partido na corrida eleitoral.

O peemedebista é um dos políticos mais tradicionais de Goiás. Foi prefeito eleito de Goiânia durante o início da ditadura militar (1966-1969), quando teve seu mandato cassado, e depois por dois mandatos entre 2005 e 2010. Foi senador, governador do Estado, também por dois mandatos, e ministro da Agricultura na gestão de José Sarney (PMDB) e da Justiça no primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

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Campanha agressiva

As primeiras pesquisas de intenção de voto apontavam empate técnico entre os dois candidatos --com pequena vantagem para o peemedebista. No primeiro turno, Rezende havia batido seu adversário com uma margem de nove pontos percentuais.

Vanderlan surpreendeu ao protagonizar uma arrancada nas duas últimas semanas de campanha do primeiro turno e bater seu principal rival, o candidato do PR Delegado Waldir, que havia reunido 12 partidos em torno da sua candidatura e garantido tempo maior que todos os adversários na propaganda gratuita.

Mesmo tendo recebido apoio do PR e da Rede, o candidato socialista não conseguiu se impor --na pesquisa do Ibope divulgada em 20 de outubro, Vanderlan chegou a insinuar que a diferença de 16 pontos pró-Rezende havia sido manipulada.

Já seu adversário fez uma campanha agressiva, a ponto de ter as inserções eleitorais suspensas por ordem judicial e receber multa de R$ 1,15 milhão por desrespeitar decisão de retirar do ar propagandas ofensivas a Vanderlan. As inserções não eram assinadas pela coligação que apoia o candidato do PMDB.

Nas inserções, Rezende afirmava que, se eleito, Vanderlan deixaria a população de Goiânia sem água (embora o abastecimento seja responsabilidade do Estado) e ainda teria se comprometido a empregar 20 mil funcionário via cargos de confiança, indicados pelo governador Marconi Perillo (PSDB). A Justiça considerou que as afirmações não passavam de "mera suposição".

A cidade

O prefeito eleito disse que deve priorizar saúde, educação e trânsito.

Goiânia tem 1,45 milhão de habitantes segundo o Censo estimativo do IBGE em 2016 e um PIB de R$ 40,4 bilhões (dados de 2013). A cidade tem uma taxa de mortalidade infantil de 14 por mil nascidos vivos e taxa de analfabetismo de 3,22% (7º lugar entre as capitais brasileiras). Registra ainda uma taxa de 48,5 homicídios por 100 mil habitantes, segundo dados de 2014 do Mapa da Violência – é a sétima capital mais violenta do país.

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