Ao lado dos senadores mineiros Aécio Neves (PSDB), presidente nacional da legenda, e Antônio Anastásia (PSDB), o candidato derrotado à Prefeitura de Belo Horizonte no segundo turno, o deputado estadual João Leite (PSDB), afirmou na noite deste domingo (30), logo após a confirmação de sua derrota, que a negação da política cria um ambiente propício ao autoritarismo.

Em sua fala, Leite não citou o nome de seu adversário no pleito, o prefeito eleito Alexandre Kalil (PHS), que venceu a disputa apresentando-se como antipolítico e apartidário. Kalil teve 52,98% dos votos contra 47,02% de Leite.

"Saio dessa eleição preocupado com o alto índice de abstenção, que mostra grande distanciamento da sociedade com a política. A política não pode ser negada, porque a democracia se dá no âmbito da política" afirmou Leite.

"Negar a política proporciona um ambiente para o autoritarismo e o preconceito. Espero que em nossa cidade não aconteça isso", disse o tucano.

Leite se disse preocupado com o número de votos brancos e nulos e as abstenções no segundo turno da capital mineira, opção de 742.050 eleitores do município, número superior aos 628.050 votos que elegeram Kalil.

Dos 1,93 milhões de eleitores de Belo Horizonte, 439 mil (22,77%) não compareceram para votar, 72 (4,85%) votaram em branco e 231 mil anularam o voto (15,52%).

Aécio, por sua vez, disse que "diferentemente do futebol, em que às vezes há empate, na política a gente ou ganha ou perde". O senador ainda elogiou o desempenho do PSDB no segundo turno, com a conquista de 14 das 19 em que nome do partido foi cabeça de chapa.