Após romperem no impeachment, PT e PMDB formam chapa vitoriosa em Aracaju

Do UOL, em São Paulo

  • Marcio Garcez/Folhapress

    Edvaldo Nogueira (PCdoB) foi eleito em chapa com PT e PMDB

    Edvaldo Nogueira (PCdoB) foi eleito em chapa com PT e PMDB

Edvaldo Nogueira (PCdoB) foi eleito prefeito em Aracaju formando uma chapa com PT e PMDB, única capital em que os dois partidos disputaram a eleição deste ano na mesma coligação. Ele venceu Valadares Filho (PSB) no segundo turno.

Durante o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que levou Michel Temer (PMDB) à Presidência, PT e PMDB entraram em rota de colisão e romperam a aliança que mantinham na esfera federal. 

Em Sergipe, porém, os dois partidos, com o PCdoB, estão unidos desde 2006, quando o petista Marcelo Déda, morto em 2013, foi eleito governador.

Nesta eleição, Nogueira formou chapa com Eliane Aquino (PT), viúva de Déda, e teve o apoio do atual governador do Estado, Jackson Barreto (PMDB).

Apesar de peemedebista, Barreto foi contrário ao impeachment de Dilma Rousseff, diferentemente do posicionamento majoritário de seu partido, e fez críticas a Temer. Em maio, quando Dilma já estava afastada da função de presidente, mas ainda não tinha perdido o mandato, o governador chegou a afirmar: "Se a democracia voltar, a Dilma volta".

Em junho, quando ainda era pré-candidato, Nogueira disse, em entrevista à "Folha de S. Paulo", que seu partido não vetava alianças com o PMDB. "Neste caso, especificamente, é uma aliança natural já que o governador não apoiou o impeachment e tem uma trajetória de esquerda", afirmou.

Como parte da aliança que garantiu o apoio pemedebista, ficou acertado que o PMDB indicará o candidato à sucessão de Barreto nas eleições de 2018 e terá o apoio de PT e PCdoB.

Prefeito pela 3ª vez

Aos 51 anos, o médico e alagoano de Pão de Açúcar foi eleito vice-prefeito de Aracaju em 2000, quando compôs chapa com Marcelo Déda (PT). Na eleição seguinte, em 2004, os dois foram reeleitos. Em 2006, quando Déda deixou a prefeitura para concorrer ao governo do Estado, Nogueira assumiu e foi reeleito dois anos depois.

Antes de ser prefeito da capital sergipana, foi vereador por três mandatos, entre 1988 e 2000.

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