16% dos brasileiros vão às urnas hoje para escolher prefeitos de 57 cidades

Felipe Amorim

Do UOL, em Brasília

  • Romildo de Jesus/Futura Press/Estadão Conteúdo

    Santinhos espalhados em frente a local de votação em Salvador durante o primeiro turno

    Santinhos espalhados em frente a local de votação em Salvador durante o primeiro turno

Neste domingo (30), 32,9 milhões de brasileiros devem voltar às urnas para escolher em segundo turno os prefeitos de 57 cidades. O número de eleitores nessas cidades representa 16% da população do país.

São 206 milhões de habitantes em todo o Brasil. Podem votar apenas maiores de 16 anos e o voto é obrigatório para quem tem mais de 18 e menos de 70 anos.

As disputas ocorrerão em 20 Estados e envolvem cidades que, juntas, representam 22% de toda a população brasileira. Entre as 26 capitais, 18 terão disputas em segundo turno: Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Fortaleza, Curitiba, Manaus, Recife, Porto Alegre, Belém, Goiânia, São Luís, Campo Grande, Maceió, Cuiabá, Aracaju, Porto Velho, Florianópolis, Macapá e Vitória.

As campanhas dos 114 candidatos que disputam o segundo turno custaram, juntas, segundo os dados declarados oficialmente, R$ 143 milhões. Os eleitos vão governar de 2017 a 2020.

No Brasil, 92 municípios podem ter segundo turno: a lei determina que isso ocorra nas cidades com mais de 200 mil eleitores. Nas eleições de 2012, 50 cidades tiveram 2º turno, ou seja, 7 a menos que neste ano.

 

Disputa nas grandes cidades

O resultado da segunda fase da disputa pode confirmar o PSDB como o principal vencedor entre as 93 grandes cidades do país -- as capitais e os municípios com mais de 200 mil eleitores, que concentram pouco menos de 40% da população.

No primeiro turno, o PSDB foi o principal vencedor nesse grupo de cidades, elegendo 14 prefeitos. Nesse domingo, os tucanos disputam ainda o comando de outras 19 prefeituras entre as grandes cidades, podendo chegar a um total de 33 prefeitos.

A segunda força política nesse grupo de municípios é o PMDB, que elegeu seis prefeitos e disputa o segundo turno em outros 15 grandes municípios.

Já o PT, principal partido hoje na oposição, conquistou uma prefeitura (Rio Branco) entre as 93 maiores e disputa o segundo turno em outras sete cidades.

PMDB e PSDB disputam título de partido mais forte após 1º turno

O que precisa para votar

Para votar basta levar um documento oficial com foto, não é necessário levar o título de eleitor, pode ser a carteira de identidade, carteira de habilitação, carteira de trabalho ou passaporte.

Os locais de votação abrem às 8h e fecham às 17h, de acordo com o horário local. A consulta ao local de votação está disponível no site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e pode ser acessado clicando aqui

Mesmo quem não foi votar no primeiro turno pode votar no segundo. Já os que não puderem comparecer às urnas no segundo turno, terão novamente que justificar a ausência.

A justificativa pode ser apresentada nos postos da Justiça Eleitoral em até 60 dias após cada turno. É preciso uma justificativa de ausência para cada turno, se for esse o caso.

A justificativa também pode ser entregue neste domingo mesmo se sua cidade não tem segundo turno. É necessário apresentar número do título de eleitor e documento oficial com foto. Os locais de recebimento de justificativa são informados no site do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de cada Estado.

Essas e outras dúvidas de última hora podem ser tiradas aqui.

Voto branco e nulo

Além de escolher um dos dois candidatos a prefeito, os eleitores também podem votar branco ou nulo. O voto em branco é feito por meio da escolha "branco" na urna. Já o voto nulo ocorre quando o eleitor confirma o voto em um número inexistente de candidato, como zero.

Brancos e nulos não são computados para a definição do resultado e são tradicionalmente interpretados como uma manifestação política do eleitor, que afirma assim sua indiferença ou insatisfação em relação aos candidatos disponíveis.

É comum ouvirmos que se a maioria dos votos for em branco ou nulo as eleições são anuladas. Mas isso não é verdade. Há novas eleições apenas se a maioria dos votos válidos for anulada por decisão da Justiça Eleitoral caso tenha havido algum tipo de fraude na votação, como compra de votos ou irregularidades nos processos de votação.

Veja também

UOL Cursos Online

Todos os cursos