Porto Alegre: PTB e 5 partidos fecham apoio ao tucano Marchezan no 2º turno

Flávio Ilha

Colaboração para o UOL, em Porto Alegre

  • Adriana Francios/Agência RBS/Estadão Conteúdo

    O tucano Nelson Marchezan Jr. disputará o segundo turno contra Sebastião Melo (PMDB)

    O tucano Nelson Marchezan Jr. disputará o segundo turno contra Sebastião Melo (PMDB)

O PTB decidiu, em reunião da Executiva estadual na manhã desta sexta-feira (7), apoiar a candidatura de Nelson Marchezan Júnior (PSDB) à Prefeitura de Porto Alegre no segundo turno. O partido, que teve como candidato no primeiro turno o deputado estadual Maurício Dziedricki, fez 98 mil votos e ficou em quarto lugar na disputa, com 13,7% dos votos válidos.

"Tivemos como regra definir o apoio em torno do projeto que possa melhor absorver o conteúdo daqueles que nós apresentamos. Mas, sobretudo, acreditamos que as propostas de Marchezan podem devolver para a cidade aquilo que o nosso eleitor espera, uma cidade melhor para viver", justificou Dziedricki.

Segundo o candidato, pesou decisivamente para o apoio o compromisso de Marchezan com as propostas do PTB, especialmente a abertura de alguns postos de saúde da cidade até as 22h. O candidato tucano, na campanha, disse que irá avaliar a possibilidade de manter alguns postos abertos, em regiões estratégicas da cidade, até depois das 18h.

Os outros partidos que sustentaram a candidatura de Dziedricki primeiro turno --PSC, PR, SD, PRP e PT do B-- também anunciaram apoio a Marchezan, que esteve presente na reunião.

O PTB tem quatro secretarias e um número não informado de cargos em comissão na atual administração da prefeitura. Segundo Dziedricki, os cargos continuarão sendo ocupados pelo partido, independentemente do apoio anunciado ao candidato tucano.

Dziedricki afirmou também que boa parte dos eleitores deverá seguir a orientação do partido sobre em quem votar no segundo turno. "Os eleitores votaram no nosso projeto. Colocamos uma ideia na cidade de que podemos construir propostas políticas independentes dos grandes partidos. Acredito na transferência [de votos]. Também teremos os seis partidos da nossa aliança trabalhando na campanha", disse.

Sem apoio da esquerda

Os derrotados do PT e do PSOL disseram que não pretendem declarar apoio a nenhum dos dois candidatos na disputa pelo segundo turno. "Nós não temos nenhuma responsabilidade com as duas alternativas", disse Raul Pont (PT), em uma rede social, logo após o resultado.

"Seja quem vencer a eleição, nós vamos ter um governo que, em vez de melhorar a vida do povo, vai enfrentar os interesses do povo. Estamos convencidos disso. É lógico que não poderemos dar apoio a nenhum dos dois", afirmou Pedro Ruas, candidato a vice de Luciana Genro (PSOL).

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