A Brigada Militar decidiu encaminhar à Polícia Civil do Rio Grande do Sul na manhã desta segunda-feira (3) um registro de ocorrência em que acusa a candidata a vice-prefeita na chapa do PT, Silvana Conti (PC do B), por lesão corporal. Ela foi identificada pelos policiais que faziam a guarnição da escola onde a ex-presidente Dilma Rousseff votou neste domingo (2) como responsável por jogar um vaso de vime com flores na cabeça de um sargento. O nome do policial não foi divulgado.

O incidente ocorreu quando o acesso da imprensa e de políticos ligados a Dilma foi impedido por ordem do juiz eleitoral Niwton Carpes da Silva. De acordo com a Brigada Militar, os policiais estavam cumprindo ordem judicial e foram agredidos. Eles fizeram exame de corpo delito e registraram ocorrência contra Silvana.

Em um vídeo do incidente, a candidata aparece arremessando um arranjo de flores contra a cabeça de um policial quando o acesso ao local de votação foi bloqueado pela PM. Logo depois, o policial revida com um chute que atinge Silvana.

"A senhora Silvana Conti, candidata a vice-prefeita, agrediu com um vaso de flores na cabeça. A senhora Silvana Conti não foi presa no ato do cometimento do delito porque não foi possível localizar a acusada quando os ânimos se acalmaram", cita um trecho da ocorrência. Segundo a ocorrência, o PM foi ferido nos braços e na cabeça. 

A candidata derrotada na eleição de domingo também registrou ocorrência contra os policiais, ainda na tarde do domingo, e realizou exame de corpo de delito na Polícia. Ela deixou o local do incidente amparada por dois assessores.

Em um vídeo postado nas redes sociais, Silvana aparece com a perna esquerda suspensa e envolta com uma bolsa de gelo. No vídeo, alega que foi agredida com um chute desferido por um PM, mas não comenta a acusação de que atacou os policiais.