Lixo político diminui, mas santinhos ainda não são reciclados

Rodrigo Bertolotto

Do UOL, em São Paulo (SP)

  • Rodrigo Bertolotto/UOL

    Caixa colocada na calçada da avenida Higienópolis, em São Paulo, pede que eleitores recolham santinhos espalhados

    Caixa colocada na calçada da avenida Higienópolis, em São Paulo, pede que eleitores recolham santinhos espalhados

Uma notícia é boa: os tapetes de santinhos não são tão comuns como nas eleições passadas. A outra notícia é ruim: os panfletos dos candidatos recolhidos vão parar em aterros comuns e não são reciclados. No Rio, Salvador e Recife, ainda se viu locais de votação, principalmente nas periferias, em que se acumulou o lixo político, mas em outras cidades, como São Paulo, está mais difícil ver a cena antes típica das eleições brasileiras.

A reportagem do UOL percorreu zonas eleitorais no centro e nas zonas Oeste e Sul da capital paulista, e viu menos santinhos espalhados na porta de escolas do que em pleitos anteriores. Na cidade de Botelho (MG), a Justiça Eleitoral convocou os candidatos a recolherem os santinhos que soltaram nas ruas. 

Em São Paulo, segundo a Amlurb, órgão responsável pela administração da limpeza no município, os panfletos políticos devem ser recolhidos com lixo comum e levados para aterros comuns. A Amlurb e as empresas concessionárias não tiveram um esquema especial para a varrição neste domingo de eleição.

Segundo as autoridades, os papéis só são reciclados se separados e recolhidos em locais apropriados para isso. Nesse período do ano, após a estiagem do inverno e o início da primavera, há muitas folhas e flores secas nas ruas que se misturam com as folhetos estampados com os candidatos. Depois de prometerem resolver os problemas das cidades e antes de cumprir qualquer coisa, os políticos causam esse transtorno para a cidade que querem governar. 

 

 

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