Justiça divulga limite de gastos nas eleições municipais; SP tem maior teto

Do UOL, em Brasília

A Justiça Eleitoral divulgou nesta quarta-feira (20) os limites de gastos nas eleições municipais que serão realizadas em outubro em todo o país.

Os valores máximos para os gastos de campanha variam em cada município. O teto máximo é o da cidade de São Paulo, que possui o maior número de eleitores. Na capital paulista, cada candidato a prefeito poderá gastar até R$ 45,4 milhões no primeiro turno, e R$ 13,6 milhões no segundo turno.

Os menores limites de gasto estão nos 3.794 municípios com até 10 mil eleitores, onde os candidatos a prefeito poderão gastar até R$ 108 mil. Nessas cidades não há previsão de segundo turno, que só é realizado em cidades com mais de 200 mil eleitores.

Nestas eleições, passa a valer a proibição de doações de empresas privadas aos partidos e candidatos. A restrição foi determinada por julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal) que entendeu que o financiamento privado seria inconstitucional por favorecer o poder econômico e desequilibrar a disputa.

A proibição tem levado candidatos a estimarem que o total de gastos ficará bem abaixo do teto. Serão permitidas apenas doações de pessoas físicas, limitadas a 10% da renda obtida no ano passado.

Os limites de gastos em todo o país serão menores que os da última eleição municipal, em 2012. Isso porque a minirreforma eleitoral aprovada no ano passado pelo Congresso Nacional fixou em 70% do maior gasto declarado na eleição anterior o teto para os gastos de campanha. 

Antes, eram os próprios partidos que informavam qual seria o total dos custos de campanha.

Em São Paulo, por exemplo, a campanha mais cara em 2012 foi a do prefeito Fernando Haddad (PT), que declarou à Justiça Eleitoral ter gasto R$ 67 milhões.

A regulamentação publicada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) também prevê o número máximo de pessoas contratadas para atividades de campanha que pode ser feito por cada candidato.

Novamente esse limite será maior em São Paulo, com 97 mil contratações no caso dos candidatos a prefeito. O Rio de Janeiro vem logo depois, com seus candidatos a prefeito podendo contratar até 53 mil pessoas para atividades de propaganda eleitoral.

Veja o teto de gastos para as capitais no 1º e no 2º turno, respectivamente:

São Paulo - R$ 45.470.214,12 - R$ 13.641.064,24
Belo Horizonte - R$ 26.697.376,47 - R$ 8.009.212,94
Rio de Janeiro - R$ 19.858.352,08 - R$ 5.957.505,62
Salvador - R$ 14.679.383,56 - R$ 4.403.815,07
Fortaleza - R$ 12.408.490,10 - R$ 3.722.547,03
Curitiba - R$ 9.571.089,80 - R$ 2.871.326,94
Cuiabá - R$ 9.004.367,05 - R$ 2.701.310,12
Manaus - R$ 8.977.801,98 - R$ 2.693.340,59
Palmas - R$ 7.765.256,92 - (não há 2º turno)
Campo Grande - R$ 6.679.971,85 - R$ 2.003.991,56
Recife - R$ 6.607.443,14 - R$ 1.982.232,94
Vitória - R$ 6.457.662,00 - R$ 1.937.298,60
Porto Alegre - R$ 5.849.383,99 - R$ 1.754.815,20
Goiânia - R$ 5.683.083,86 - R$ 1.704.925,16
Natal - R$ 5.490.293,93 - R$ 1.647.088,18
Maceió - R$ 4.504.729,69 - R$ 1.351.418,91
Aracaju - R$ 3.763.115,71 - R$ 1.128.934,71
Florianópolis - R$ 3.628.198,44 - R$ 1.088.459,53
São Luís - R$ 3.142.045,97 - R$ 942.613,79
Porto Velho - R$ 2.957.334,54 - R$ 887.200,36
João Pessoa - R$ 2.465.246,00 - R$ 739.573,80
Teresina - R$ 2.191.795,79 - R$ 657.538,74
Boa Vista - R$ 1.830.123,37 - R$ 549.037,01
Belém - R$ 1.414.386,25 - R$ 424.315,88
Macapá - R$ 1.182.802,88 - R$ 354.840,86
Rio Branco - R$ 222.066,85 - R$ 66.620,06

STF proíbe doações de empresas a políticos

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