Dilma inclui oposição em 'diálogo', e diz que pode ajudar SP contra seca

Do UOL, em São Paulo

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    Presidente Dilma Rousseff (PT), que foi reeleita domingo (26)

    Presidente Dilma Rousseff (PT), que foi reeleita domingo (26)

A presidente reeleita, Dilma Rousseff (PT), afirmou nesta terça-feira, em entrevista à "TV Bandeirantes" e ao "SBT Brasil", que convidará a oposição para o diálogo. Segundo ela, isso inclui a oposição e seus adversários políticos nestas eleições. 

"Acredito que toda eleição implica em uma divisão. Mas tem de pressupor que por trás dessa divisão tem um conjunto de posições, que as pessoas querem definir um futuro melhor para o país", disse Dilma.

A presidente afirmou que não acredita que opositores "queiram um futuro pior para o Brasil".

"A palavra correta no início do governo é o diálogo", disse a presidente, que ao ser perguntada se conversaria do Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB) respondeu, sem citá-los: "Sim, posso chamá-los".

"Quando falo em união, não quero a união que torna tudo pasteurizado. Quero a união que mantém sua opinião e as diferenças." "Abertura para o diálogo é essencial. Inclui aqueles que foram oposição, adversários, durante o processo eleitoral", afirmou. 

Dilma admite possibilidade de reforma política 

Para ela, toda eleição implica em uma divisão, mas é preciso pressupor que por trás dessa divisão existe um conjunto de posições de pessoas que querem o bem do país. "Não acredito que ninguém queira um futuro pior para o Brasil. A abertura para o diálogo é essencial. O diálogo em de abranger a maior parte dos setores organizados que se dispuserem a isso. Inclui aqueles que foram adversários no processo eleitoral", disse.

Dilma defendeu ainda a reforma política, mas que não sabe como vai ser. "É muito difícil que não tenha uma consulta popular", disse ela. "Todos defendem uma consulta popular. Seja ela na forma de referendo ou plebiscito. Eles desaguam em uma Assembleia Constituinte. Acho muito difícil não ser uma discussão interativa".

Falta d'água em São Paulo

A presidente disse ainda que pode agir em parceria com o governo de São Paulo para a realização de obras de combate à falta de água no Estado, desde que a gestão tucana do governador Geraldo Alckmin (PSDB) tome a iniciativa.

"Sabemos que há um diagnóstico sobre a situação da segurança hídrica de São Paulo. Investimentos que deveriam ter sido feitos e não foram", afirmou a petista.

Veja a íntegra da entrevista de Dilma ao SBT

A presidente afirmou que procurou o governador no início de fevereiro para realizar obras.

"O governador optou por um processo mais tradicional, fazer a licitação. Demos o dinheiro para essa única obra prevista, da adutora de São Lourenço. Nós liberamos R$ 1,2 bilhão. Tudo que precisar, nós faremos."

Discurso

Em seu pronunciamento após a vitória, Dilma afirmou não acreditar que o Brasil esteja dividido após as eleições. Ela se disse aberta ao diálogo e que a reeleição é um voto de esperança na melhoria de um governo. A exemplo do que ocorreu após os protestos de junho de 2013, Dilma voltou a falar em plebiscito pela reforma política.

Dilma obteve 51,64% dos votos e Aécio, 48,36%. A diferença de votos foi de 3,4 milhões. Essa foi a menor em um segundo turno desde a redemocratização.

Antes disso, a disputa mais apertada foi em 1989, quando Fernando Collor de Mello (então no PRN) venceu Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por 4 milhões de votos. Na época, Collor teve 53,03% contra 46,97% de Lula.

Assista à íntegra do discurso de reeleição de Dilma

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