Em último dia de campanha, Pezão e Crivella vão à Baixada Fluminense

Do UOL, no Rio

Tanto o governador do Rio de Janeiro e candidato à reeleição, Luiz Fernando Pezão (PMDB), quanto o senador e candidato do PRB, Marcelo Crivella, escolheram encerrar a campanha eleitoral na Baixada Fluminense. Pezão fez caminhadas em Belford Roxo e Nova Iguaçu. Já Crivella preferiu encerrar a campanha, também com uma caminhada, na cidade de Duque de Caxias. Depois, ele também passou por Belford Roxo. Juntos, três os municípios têm uma população de mais de 2 milhões de pessoas, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Diferente da capital fluminense, em que Pezão conquistou 43,63% dos votos no primeiro turno contra 33,41% de Crivella e Garotinho, nesses municípios o peemedebista teve uma votação menos expressiva. Em Belford Roxo, Pezão angariou 37,14% dos votos contra 45,49% de Crivella e Garotinho, mesma situação de Nova Iguaçu, em que teve 32,43% dos votos contra 42,8% dos outros dois candidatos. Em Duque de Caxias o governador teve 36,42% dos votos enquanto o senador e Garotinho ficaram com 48,24%.

Em Duque de Caxias Crivella fez questão de lembrar o episódio do guardanapo na cabeça envolvendo o ex-governador Sérgio Cabral. "Neste domingo, o povo do Rio de Janeiro vai decidir entre a velha política, representada pelo Cabral, pelo Pezão, pelo Picciani, pelo Eduardo Cunha, pelas festinhas em Paris, e e nova política, representada por nós", afirmou. Já Pezão, em Nova Iguaçu, agradeceu os eleitores e elogiou o governo do padrinho político. "Sei que ainda há muito para fazer, mas ninguém pode negar os avanços que tivemos nos últimos quase oito anos", afirmou.

Mais cedo, fiscais do TRE lacraram uma igreja da Universal depois de encontrar material de campanha de Crivella no local. Eles foram até ao local depois de receber uma denúncia anônima. O Rio foi um dos Estados com o maior número de ocorrências de irregularidades no primeiro turno das eleições

Além das propostas de governo, o tema religião foi um dos mais presentes na campanha eleitoral no Estado. Pezão passou a explorar a questão assim que Crivella, bispo licenciado da Iurd e sobrinho de Edir Macedo, líder da Universal, garantiu vaga no segundo turno da disputa.

No último debate antes das eleições, realizado pela rede Globo na quinta-feira (23), Pezão acusou Crivella de ser "testa de ferro" de Macedo. "Você representa a Igreja Universal do bispo Macedo. É um perigo para o Estado", declarou o peemedebista.

O senador, por sua vez, disse que o atual governador estava "tentando fazer uma guerra entre religiões" e "pregando o ódio". "Não tem que discutir Edir Macedo porque você esteve lá no Templo (de Salomão) puxando saco e elogiando", afirmou Crivella, referindo-se à ida de Pezão, em julho, ao evento de inauguração do templo da Iurd, em São Paulo.

Na quinta, pesquisas divulgadas pelos institutos Ibope e Datafolha apontaram que Pezão tem 55% dos votos válidos enquanto Crivella tem 45%. No primeiro turno, o atual governador obteve 40,57% dos votos válidos, e Crivella, 20,26%.

Eleições 2014 no Rio de Janeiro
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