Operação Lava Jato

Aécio vê "castelo de cartas" da Petrobras desmoronando; Dilma não comenta

Vinícius Segalla e Paulo Rollemberg

Do UOL, no Rio de Janeiro e em Aracaju

O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, disse nesta quinta-feira (9) que o escândalo da Petrobras é "o maior da história". Em entrevista no comitê de campanha no Rio de Janeiro, Aécio disse que o governo do PT promoveu um aparelhamento sem igual da máquina pública. A presidente Dilma Rousseff (PT), que cumpriu agenda em Aracaju nesta tarde, não comentou as novas revelações.

"Estamos assistindo ao maior escândalo da história. Houve o aparelhamento de Estado a tal ponto de que o compromisso das instituições passou a ser com a 'companheirada', e não com a sociedade ou o povo brasileiro. Teremos que fazer o desmonte desse aparelhamento sem igual da máquina pública. [O escândalo mostra que] deixou de ser uma questão pessoal para se tornar uma articulação de partido. Esse castelo de cartas em que se transformou o governo do PT está desmoronando."

Nesta quinta-feira, vieram à tona os áudios dos depoimentos dos dois pivôs do escândalo à Justiça Federal: o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e o doleiro Alberto Youssef. O doleiro disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cedeu à pressão de deputados para nomear Costa na Petrobras. Já o ex-diretor disse que o partido recebia propina. "Em relação à Diretoria de Serviços, todos sabiam que eu tinha um percentual desses contratos da área de Abastecimento. Dos 3%, 2% eram para atender ao PT, através da Diretoria de Serviços", disse Costa, que fez um acordo de delação premiada com o Ministério Público. 

Em Aracaju, onde cumpriu agenda à tarde, Dilma evitou comentar o escândalo. Como tem feito nos últimos dias, Dilma voltou a criticar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). "Quero aqui manifestar meu repúdio por uma fala preconceituosa de um ex-presidente". Ela não deu entrevista aos jornalistas.

Em nota, o PT disse que as acusações são "caluniosas".  "O PT repudia com veemência e indignação as declarações caluniosas do réu Paulo Roberto Costa, proferidas em audiência perante o mesmo juiz que, anteriormente, acolhera seu depoimento, sob sigilo de Justiça, no curso de um processo de delação premiada", informou a nota assinada pelo presidente da sigla, Rui Falcão.

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