Bandeira do governo Dilma, Mais Médicos não influencia nos votos da petista

Do UOL, em São Paulo

Uma das principais bandeiras da campanha à reeleição de Dilma Rousseff, o programa Mais Médicos não teve efeito nas votações por Estado da petista.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, alguns Estados foram mais beneficiados pelo programa, que enviou mais de 14 mil médicos para os municípios que solicitaram ajuda ao governo federal. Dilma perdeu nos líderes desse ranking, mas obteve boa votação em outros Estados com boas posições na lista.

O líder no ranking de profissionais do programa por mil habitantes é o Distrito Federal. São quase 40 para essa parcela da população. Esse foi o Estado em que Dilma teve sua pior votação em percentual: apenas 23,02% dos votos válidos. Isso se justifica por ser também o local onde a presidente tem seu maior índice de rejeição, segundo a pesquisa Datafolha divulgada em 2 de outubro, com 49%.

Os outros Estados com maior rejeição são São Paulo (45%) e Rio (34%), líderes na lista de beneficiados pelo Mais Médicos. Dilma teve 25,82% e 35,62% dos votos válidos nessas localidades, respectivamente.

Já em Mato Grosso e em Alagoas, também bem posicionados no ranking do Mais Médicos, a presidente teve boa votação. Foram 39,53% (MT) e 49,94% (AL) dos votos válidos. Em Mato Grosso, ela ficou atrás de seu adversário no segundo turno, Aécio Neves (PSDB).

Esse índice não leva em conta a carência da região nem o número absoluto de médicos enviados para o Estado. O Distrito Federal, por exemplo, é o Estado que menos recebeu profissionais vinculados ao Mais Médicos --foram apenas 70. Em comparação, Rio de Janeiro, que está no segundo lugar da lista, teve 510, enquanto São Paulo, onde mais chegaram médicos, mas que está proporcionalmente na terceira colocação, ganhou 2.187.

Baixa adesão no Nordeste

O Nordeste, uma das regiões mais contempladas pelo Bolsa Família, outro programa de assistência social do governo, não recebe a mesma atenção quando o assunto é saúde. O primeiro Estado a aparecer no levantamento é Alagoas, em sexto.

A Bahia, um dos principais colégios eleitorais do país, ficou em 17º, apesar de ter recebido mais de mil profissionais. Nesse Estado, Dilma liderou com folga, com mais de 60% dos votos válidos.

Apesar das críticas ao programa, o Ministério da Saúde diz que mandou ao menos um profissional para todas as localidades solicitantes e que isso só foi possível porque foram atraídos médicos suficientes para integrar a proposta.

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