Eduardo Campos apoiaria Aécio, diz presidente do PSB em SP

Do UOL, em São Paulo

A resposta foi objetiva: Eduardo Campos, que morreu em um acidente aéreo em 13 de agosto e disputaria a presidência pelo PSB, apoiaria Aécio Neves (PSDB) no segundo turno das eleições, de acordo com o presidente do PSB em São Paulo, o deputado federal Márcio França.

Recém-eleito vice-governador paulista na chapa com Geraldo Alckmin, França disse aos blogueiros do UOL Mário Magalhães e Josias de Souza, nesta segunda-feira (6), que seu partido deixou o governo Dilma buscando um novo cenário político e que não haveria razões agora para voltar a apoiar o PT.

"Eu procuro imaginar como pensaria o Eduardo Campos, né? Nós saímos do governo da Dilma porque ele entendeu que o Brasil precisava de uma mudança. (...) Eu respeito muito a presidente Dilma, acho que ela cumpre a sua jornada, é uma pessoa séria, íntegra, não tenho desconsideração em relação à ela, mas acho que ela faz o que ela não gosta, que é ser Presidente da República, e portanto não faz bem feito", disse o deputado.

França diz que é esse o pensamento que ele levará às próximas discussões no PSB sobre quem receberá o apoio do partido e de Marina Silva.

"Mesmo com as dificuldades ideológicas, é possível a gente interferir em algumas coisas programáticas do Aécio [Neves], e eu vou defender essa posição interna no partido, mas eu respeitarei a posição que o partido tomar", afirma.

Embora ainda não tenha conversado com a família de Campos, o deputado aposta na "intuição, na convivência de anos e anos com Eduardo" para falar sobre a possível preferência pelos tucanos. 

"Como o Eduardo saiu do governo da Dilma, como ele deu um basta ao governo da Dilma, eu não creio que hoje ele fosse a favor de voltar com a Dilma. Se não tem essa hipótese, só tem a hipótese do Aécio, porque a neutralidade não é posição para partido, né? É uma posição pra não política. (...) O Aécio hoje é mais mudança do que a Dilma."

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