Candidatos dos Sarney trocam farpas e chegam separados para votação

Carlos Madeiro

Do UOL, em São Luís

A probabilidade de derrota no primeiro turno na disputa pelo governo do Maranhão parece ter causado um racha no grupo dos Sarney (PMDB).

Na manhã deste domingo (5), os candidatos ao Senado, Gastão Vieira (PMDB), e ao governo, Lobão Filho (PMDB), apesar de votarem na mesmo local, o colégio Santa Tereza, em São Luís, chegaram separados à votação e se cumprimentaram de forma fria e rápida.

A governadora Roseana Sarney, que também vota na mesma escola, não apareceu para votar às 10h, como anunciou. A previsão agora é que ela vote à tarde.

Eleições 2014 no Maranhão
Eleições 2014 no Maranhão

O candidato Gastão Vieira foi o primeiro a chegar, por volta das 8h30. Apenas com o adesivo de sua candidatura, ele fez questão de se descolar do vínculo com os Sarney e, principalmente, do colega de chapa ao governo. "Eu só sei da minha vida, do meu destino", disse.

Questionado o porquê dele liderar as pesquisas para o Senado, mas de o candidato ao governo que apoia estar cerca de 25 pontos percentuais atrás de Flávio Dino (PC do B), Vieira alfinetou Lobão Filho.

"Isso não é problema meu. Tenho uma história de 28 anos de vida política, não tenho meia historia. A história do Maranhão está aberta para quem quiser estudar. Comigo, essa rejeição [ao grupo dos Sarney] não pegou. Então, o problema não é do grupo", disse

Por volta das 9h15, o candidato ao governo Lobão Filho chegou ao local com a esposa e foi imediatamente questionado por estar desacompanhado da governadora. "Ele vai vir votar. Ela vota aqui, por sinal. Nunca me colei [aos Sarney], então não estou me descolando. Não sou representante dos Sarney, mas de um grupo político com inúmeros participantes, inúmeras ideologias", afirmou.

Segundo fontes ouvidas pelo UOL, Lobão Filho e Gastão Vieira estão longe de terem o melhor relacionamento e apenas "se aturam", conforme disse um dos assessores do grupo. 

Por volta das 11h, o candidato Flávio Dino votou ao lado do prefeito de São Luís, Edvaldo Holanda (PC do B), na escola Clarindo Santiago, e criticou as denúncias e panfletos apócrifos que surgiram nos úlitmos dias.

"Houve uma sucessão de farsas, por desespero eleitoral. É triste que o Maranhão ainda viva isso, mas o povo vai virar essa página de oligarquia", afirmou.

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