A presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), afirmou nesta quinta-feira (18) que encontrar casos de corrupção, como o da Petrobras, não é "simples". Ela foi entrevistada na noite de hoje no "Jornal da Record".

Questionada sobre as recentes denúncias envolvendo a Petrobras, Dilma justificou que isso é resultado de um maior combate à corrupção. "Nunca se combateu tanto a corrupção, nunca se investigou tanto", afirmou.

"Achar casos de corrupção não é simples. A Polícia Federal chegou [ao caso da Petrobras] através da investigação de doleiros. A PF, o Ministério Público Federal e todo o Judiciário estão investigando esse crime, que não é simples, não é visível, é encoberto", disse.

Dilma defendeu a política econômica de seu governo e disse que o Brasil vive um ciclo de desenvolvimento. Ela citou números divulgados hoje da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

"A Pnad mostra que o rendimento per capita aumentou 5,7%. Os brasileiros continuam trilhando o caminho para a classe média", declarou.

Segundo a Pnad, no entanto, a taxa de desemprego teve em 2013 seu primeiro aumento desde 2009. No fim do mês passado, o IBGE divulgou que o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro encolheu 0,6% no 2º trimestre em relação aos três meses anteriores e que o país está tecnicamente em recessão.

Na mesma entrevista, a presidente respondeu pergunta sobre o alto índice de insatisfação do brasileiro, apontado por pesquisas recentes. "Eu acho que todo mundo quando conquista algo de bom quer mudar para melhor. Ninguém quer voltar para trás. Quem conseguiu um emprego faz curso pra melhorar no emprego", disse.

A presidente foi questionada ainda sobre o programa Mais Médicos, a saída de Guido Mantega do ministério da Fazenda e a ausência da estrela vermelha do PT em seu guia eleitoral na TV. "Minha coligação não é só o PT, e os outros partidos não são representados pela estrela vermelha. Cada partido tem seu símbolo", explicou.