Análise: Em debate, Marina enfraquece, Dilma amolece e Aécio não amadurece

Do UOL, em São Paulo

debate promovido na terça-feira (16) pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) com os candidatos à Presidência da República indicou algumas características que os concorrentes demonstram na fala, postura e nos gestos, em meio a uma campanha eleitoral que exige esforço, resistência e flexibilidade. Esses aspectos foram observados pela fonoaudióloga e doutora em linguística Claudia Cotes, que analisou para o UOL a linguagem corporal dos candidatos no debate.

Segundo Claudia, Marina Silva (PSB), rouca e com falhas na voz, mostrou sinais de cansaço físico e possivelmente emocional, após sofrer ataques dos adversários nas últimas semanas. Mas ao focar nas propostas, utilizou palavras que remetem a inovação e construiu bem as frases, introduzindo aspectos emocionais. A avaliação da especialista foi de que Marina se saiu bem no debate.

Dilma Rousseff (PT) deixou um pouco de lado o estilo agressivo e se expressou melhor, de acordo com Cotes. Dilma teve momentos de rouquidão na voz, mas controlou as expressões faciais de irritação, raiva e preocupação, observadas nos debates anteriores. Mesmo sem tanta segurança ao falar sobre o caso de corrupção na Petrobras, Dilma usou discursos de fácil memorização para ganhar a confiança do eleitor, diz a fonoaudióloga.

Ainda segundo a especialista, Aécio Neves (PSDB), terceiro colocado nas pesquisas, fixou o olhar firmemente na câmera, mas mostrou falta de firmeza na postura corporal e usou de muita formalidade na fala. E o ataque agressivo a Dilma, além da ironia contra Luciana Genro (PSOL), mostraram um sinal de imaturidade do candidato, de acordo com a doutora em linguística.

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