Operação Lava Jato

Skaf recebeu R$ 2,5 mi em doações de empresas investigadas pela Lava Jato

Gil Alessi

Do UOL, em São Paulo

  • Luiz Claudino Barbosa/Futura Press/Estadão Conteúdo

    A campanha de Paulo Skaf recebeu doações de 2 empresas investigadas na Lava Jato

    A campanha de Paulo Skaf recebeu doações de 2 empresas investigadas na Lava Jato

A campanha do candidato ao governo de São Paulo pelo PMDB, Paulo Skaf, recebeu doações no valor de R$ 2,5 milhões de duas empresas investigadas por suspeita de participação em esquema de corrupção. No total, o peemedebista arrecadou R$ 10,3 milhões. Skaf é atualmente o segundo colocado nas pesquisas de intenção de voto no Estado.

A construtora OAS S/A ofereceu R$ 1,5 milhão, e a Queiroz Galvão R$ 1 milhão. As duas são investigadas pela operação Lava Jato da PF (Polícia Federal) e do MPF (Ministério Público Federal) por suspeita de superfaturar obras contratadas pela Petrobras e por pagar propinas a políticos.

Em nota, a assessoria do candidato afirmou que "as empresas referidas são legalmente constituídas e não há nenhum impedimento que as desabone de fazer doações eleitorais."

A OAS informou que "todas as doações eleitorais realizadas pela OAS são feitas nas formas previstas em lei". A Queiroz Galvão também disse que "todas as doações realizadas pela empresa seguem estritamente a legislação eleitoral".

Reportagem publicada pelo UOL mostrou que as empresas envolvidas na Lava Jato doaram ao menos R$ 60 milhões para os presidenciáveis e seus partidos.

Alckmin e Padilha

Mais da metade da campanha do governador do Estado de São Paulo e candidato à reeleição, Geraldo Alckmin (PSDB), foi bancada por empresas investigadas por fraudes e formação de cartel em licitações do metrô de São Paulo e do Distrito Federal. No total, as quatro empresas suspeitas doaram R$ 8,3 milhões, 56% do total arrecadado (R$14,7 milhões). O valor leva em conta as prestações parciais de contas feitas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Alckmin também recebeu doações de três empresas investigadas pela Lava Jato: OAS, UTC e Queiroz Galvão.

Já o petista Alexandre Padilha recebeu R$ 20 mil da UTC.

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