Dilma defende alianças, elogia legado de Sarney e diz respeitar Collor

Do UOL, em São Paulo

A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, defendeu nesta sexta-feira (12) o senador José Sarney (PMDB-AP), que integra a base aliada do governo federal. A candidata foi questionada sobre a aliança com o ex-presidente e também com outro senador que chefiou o Planalto, Fernando Collor (PTB-AL), a quem ela disse respeitar.

"Respeito bastante o ex-presidente Sarney. Acho que ele fez boas contribuições para o país", respondeu Dilma durante sabatina do jornal "O Globo". Sobre Collor, ela disse não ser "instância de condenação" para incriminar o senador. "A Justiça inocentou o Collor. Ele não é uma pessoa absolutamente próxima do governo, tem sua posição lá em Alagoas e eu respeito."

Segundo ela, "as pessoas podem fazer alianças e manter suas posições", em alusão ao fato de que os ex-presidentes estiveram em posições opostas ao PT no passado.

Candidato à reeleição pelo PTB ao Senado, Collor é apoiado pelo PT em Alagoas. Apesar disso, virou personagem da campanha petista à Presidência depois de ser comparado a Marina Silva (PSB), segunda colocada nas pesquisas, atrás de Dilma. Collor não teve seu nome citado, mas a peça mostrou imagens de jornais que noticiavam o impeachment do ex-presidente.

Já Marina, na última terça (9), disse que Dilma agradecerá a Sarney e Collor caso seja reeleita. "Se a Dilma ganhar, ela vai agradecer ao Sarney, ao Renan ao Collor e ao Maluf. Se eu ganhar, eu só tenho um a agradecer: ao povo brasileiro. É com isso que eles não se conformam", afirmou Marina.

Dilma também foi questionada sobre Paulo Maluf, cujo partido, o PP, também integra a base aliada do governo federal. A presidente disse não ter "proximidade" com o deputado paulista e foi perguntada novamente, dessa vez sobre o acordo entre Maluf e Lula. "Aí você tem que perguntar para o Maluf e para o Lula", respondeu.

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