Brasil "jamais será o mesmo" sem Eduardo Campos, diz viúva em homenagem

Fernanda Calgaro

Do UOL, em Brasília

  • Pedro Ladeira/ Folhapress

    Em sessão solene na Câmara em homenagem a Eduardo Campos, a viúva Renata Campos agradeceu a "força e o carinho"

    Em sessão solene na Câmara em homenagem a Eduardo Campos, a viúva Renata Campos agradeceu a "força e o carinho"

Em sessão solene na Câmara dos Deputados em homenagem a Eduardo Campos, a viúva do ex-governador de Pernambuco, Renata Campos, agradeceu nesta terça-feira (2) a "força e o carinho", dizendo que, "sem isso, seria insuportável". E acrescentou que, sem Eduardo, o "Brasil jamais será o mesmo".

"Queremos agradecer a todos que estão para prestar homenagem a Eduardo, aqui nesta Casa onde fez amigos, exerceu a boa política, defendendo o seu povo em busca de justiça social", disse ao ler um breve discurso.

Renata foi acompanhada dos cinco filhos, além da mãe de Campos, Ana Arraes, ministra do TCU (Tribunal de Contas da União). Ao microfone, os parlamentares se revezavam em discursos elogiosos a Campos. Na sessão comandada pelo presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), também foi homenageado o ex-deputado Pedro Valadares Neto, morto no mesmo acidente que Campos.

Em meio a um recesso branco por conta das eleições, a tribuna no auditório Nereu Ramos, que tem sido usado para as sessões enquanto o plenário passa por obras, ficou inesperadamente disputada. Para manter sob controle a duração do evento, a Casa estipulou que cada parlamentar teria cinco minutos para discursar. No entanto, a regra não foi seguida por todos, o que  causou algumas saias-justas ao presidente da Câmara, que, em vão, tentava interromper o falatório.  

Uma hora após o início da sessão (e duas depois da sua chegada ao local), Renata não hesitou e pegou seu bebê no colo e o amamentou ali mesmo, sentada à mesa de honra. 

Antes de governar Pernambuco por dois mandatos, Campos foi deputado estadual e chegou ao Congresso Nacional em 1994. No ano seguinte, foi secretário do governo e da Fazenda de PE.

Acabou reeleito deputado em 1998 e o seu terceiro mandato como deputado veio em 2002, quando virou um dos principais articuladores do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de quem viria a ser ministro da pasta de Ciência e Tecnologia.

Campos, que concorria à Presidência, morreu quando o jato em que voava caiu em Santos (SP), a caminho do Guarujá, no dia 13 de agosto.

Vice na chapa com Marina Silva (PSB), o deputado federal Beto Albuquerque (PSB-RS) usou os seus minutos para transformar a tribuna em palanque eleitoral e defender o legado de Campos. Afirmou ter agora uma "responsabilidade gigante", que é a de levar adiante a "memória, os compromissos, discursos e propostas" de Campos.

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