No terceiro bloco do debate entre os presidenciáveis realizado nesta segunda-feira (1º) por UOL, SBT, Folha de S.Paulo e Rádio Jovem Pan, a candidata Marina Silva (PSB) foi alvo de questionamentos de seus adversários, mais especificamente de suas adversárias, Dilma Rousseff (PT) e Luciana Genro (PSOL).

As três primeiras perguntas do bloco foram feitas e respondidas por duas das três candidatas. Luciana Genro começou questionando se Marina Silva seria uma "segunda via do PSDB", já que defenderia em seu programa de governo, segundo Luciana Genro, "mais arrocho salarial, mais superavit primário e aumento das tarifas de luz".

A pessebista respondeu, então, que não vê problemas em admitir as conquistas dos governos anteriores, como a estabilidade econômica seria um ganho trazido pelo governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), de 1995-2003.

Marina, então, aproveitou para atacar o governo Dilma, afirmando que a estabilidade econômica teria sido "negligenciada no governo da presidente Dilma, porque a inflação volta a crescer, os juros estão ficando elevados e a responsabilidade fiscal não está acontecendo como deveria". 

Na sequência do debate, Marina Silva aproveitou para questionar diretamente a presidente Dilma, questionando "o que teria dado errado" no governo da adversária, que teria prometido crescimento contínuo e juros baixo, o que não estaria acontecendo.

Dilma defende negociações políticas e diz que "quem escolhe os bons é o povo"

A petista partiu para o contra-ataque em sua resposta, dizendo que não se obtém bons resultados com boas intenções, mas sim com negociações.

"Sem apoio político, candidata, sem discussão e sem negociação, a senhora não consegue aprovar os grandes programas do Brasil. (...) Por isso, eu queria discutir que não somos nós os presidentes que escolhem os bons, quem escolhe os bons é o povo brasileiro. É ele que escolhe por eleição direta", disse a presidente, em contrapartida ao que seria um dos lemas da candidatura marinista, de que ela irá "governar com os melhores".

Ainda no mesmo bloco, Marina foi atacada por Dilma Rousseff, que disse que a pessebista "demoniza o petróleo", aludindo às bandeiras ambientalistas da candidata do PSB.

Marina respondeu dizendo que não ignora a importância do petróleo, mas que "o mundo inteiro está numa corrida na busca de novas fontes de energia, que o Brasil é campeão, tem um grande potencial de geração de biomassa, de energia eólica, solar, inclusive negligenciadas durante o seu governo".